Assédio coletivo, humilhação? Um verdadeiro ‘show’ de absurdos, sob o comando do presidente da Caixa

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Mais uma vez o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, submete seus funcionários a situações constrangedoras. Nesta terça-feira (14), segundo dia do Nação Caixa, encontro de final de ano com os gestores que acontece em um resort de São Paulo, ele repete, sem nenhum pudor, gestos de Bolsonaro e coloca todos para fazerem flexões em um palco. Não satisfeito, com a ajuda de uma ginasta, PG insiste para que um grupo de funcionários façam performances aéreas, como piruetas, o que acaba levando alguns deles ao chão, para o “delírio” da plateia.

As cenas deprimentes do show de humilhação e assédio coletivo, sob o comando do presidente da Caixa, viraram chacota na internet.

“É importante frisar que esse assédio a que os gestores foram submetidos é refletido em toda a empresa”, destaca a secretária-geral do Sindicato e empregada da Caixa, Fabiana Uehara. E acrescenta: “Essa gestão do Pedro Guimarães é absurda. Não basta sacrificar os empregados na pandemia. O constante desrespeito, a humilhação e a falta de condições de trabalho estão aumentando os casos de doenças psíquicas entre os empregados e colaboradores”.

De olho nas eleições

Não é de hoje que Guimarães vem dando sinais claros de que está de olho nas eleições de 2022. E para isso tem feito uso indevido da Caixa, conforme o Sindicato tem alertado e denunciado. É o caso, por exemplo, da proibição que ele fez aos bancários e bancárias de vestirem roupa vermelha, ficando proibido até mesmo o uso de gravata nesta cor, numa decisão arbitrária com claro cunho político-eleitoral.

“É escandaloso o uso de dinheiro público com desvio de finalidade. A Caixa não é um quartel, é um banco público que deve ter como principal objetivo promover o desenvolvimento econômico e social do país e não ter seus recursos utilizados para favorecer ideologicamente seus dirigentes e o governo. É necessário que o TCU, MPU e MPT estejam atentos a essas práticas e ajam com o necessário rigor para coibi-las, com vistas a preservar os recursos e o patrimônio público”, enfatiza Maria Gaia, diretora da Fetec-CUT/CN e empregada da Caixa.

Valores militares

O espírito militar tão exaltado pelo presidente da Caixa também esteve presente em outros momentos do evento, como durante palestra sobre a ‘Importância dos valores militares em situações de crise’, com o slogan ‘Um Exército sem valores é espada sem têmpera que quebra ao primeiro embate’. O tema foi abordado pelo coronel da reserva e assessor do GSI, Adriano de Souza Azevedo, que falou sobre a experiência que teve no Haiti.

Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília