Assalto aos Correios em Taguatinga resulta na morte de sargento

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A tragédia anunciada em virtude da falta de segurança nos correspondentes bancários fez novas vítimas, na terça-feira (6), durante um assalto na agência dos Correios localizada na região administrativa de Taguatinga.

O sargento reformado do Corpo de Bombeiros Francisco Antônio de Sousa Barros, 56 anos, levou três tiros no peito e morreu no local. Outra pessoa que estava no local também foi atingida por tiro, mas passa bem. 

Nas negociações com os bancos, o Sindicato cobra mais segurança para os correspondentes bancários. Nesses locais não há vigilantes, porta giratória com detector de metais e outros mecanismos de segurança para inibir a ação de bandidos.

Apesar da luta constante do movimento sindical por mais segurança nas agências e nos correspondentes bancários, as instituições financeiras insistem em manter unidades de correspondentes bancários sem as condições adequadas de segurança. 

Essa situação se repetiu em Taguatinga quando os criminosos chegaram à agência dos Correios com uma estratégia para burlar  conseguir assaltar clientes e atendentes. Enquanto um recolhia pertences como celulares e dinheiro, outros dois davam cobertura à ação. Francisco estava perto do local e foi informado por populares do assalto. Logo após, decidiu entrar no local. 

Com a chegada dele, os assaltantes se assustaram e os tiros começaram a ser disparados. 
Os outros dois fugiram em uma moto. Eles conseguiram roubar aproximadamente R$ 3 mil e alguns celulares. 

A unidade dos Correios assaltada fica ao lado de uma agência do Banco do Brasil. Essa é uma prática utilizada pelos bancos para reduzir custos. “Os trabalhadores correspondentes bancários são contratados pelas instituições financeiras com salários menores para executar serviços de banco. Essa prática precariza o trabalho bancário e o atendimento. Além disso, o trabalhador correspondente bancário não tem os mesmos direitos dos bancários e não recebem o treinamento adequando para execução das tarefas”, afirmou Conceição Costa, diretora da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CUT/CN) e bancária do Itaú.

“É uma reivindicação constante da nossa categoria mais segurança nas agências dos Correios: instalação de portas giratórias e câmaras de segurança e a presença de vigilantes armados. Os trabalhadores e os clientes ficam totalmente expostos a situações de violência nesses locais. Além disso, vários contratados dos Correios exercem atividades típicas de bancário, mas não têm as mesmas condições de trabalho”, destacou Jéssica Santos, secretária de Imprensa do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos do DF e Região do Entorno (Sintect/DF). 

Explosão de caixa eletrônico no Pier 21

Ainda na terça-feira (6), bandidos explodiram um caixa eletrônico no shopping Pier 21, em Brasília. Três homens armados renderam os vigilantes do shopping e explodiram um caixa eletrônico. Segundo a Polícia Militar, os bandidos acabaram fugindo sem levar nada porque a explosão não chegou a atingir o cofre do equipamento.

Thaís Rohrer, com informações do Correio Braziliense e do G1 
Do Seeb Brasília