ARTIGO: 2015 – Expectativas e possibilidades

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Eleições sempre criam disputas que podem ser mais ou menos acirradas. Sobre os vencedores pesa a responsabilidade de atender expectativas. Essas expectativas podem variar de indivíduo para indivíduo. Entretanto, dependendo do tamanho da esperança, ao final de um período a decepção é proporcional.

Para os trabalhadores organizados, participantes de processos de disputas, as expectativas não podem ser depositadas apenas nas urnas. Não se pode aprovar um projeto e apostar que, com apenas uma canetada, as coisas serão resolvidas. A hegemonia da sociedade está em constante disputa e, no Brasil, o poder econômico ainda detém o poder político, por pessoas interpostas, apesar destas serem eleitas democraticamente. A configuração socioeconômica do Congresso Nacional demonstra a diferença abismal entre a sociedade brasileira e sua representação.

Para sermos sujeitos das nossas expectativas, devemos manter a pressão social e a mobilização, para avançarmos diante de possibilidades concretas, sem perder de vista nossos sonhos e que, assim, não sejamos meros espectadores frustrados ao final do jogo, como torcedores de uma partida de futebol. Neste jogo, o político, podemos e devemos entrar em campo.

Eduardo Araújo
Presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília