Alegria pelos novos contratados no BRB. Decepção pelo número insuficiente de convocados

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O Sindicato partilha da alegria dos concursados recém-convocados pelo BRB para os cargos de Escriturários, Analistas de TI, Engenheiro de Segurança do Trabalho e Advogados e que estão com posse prevista para março.

Os novos bancários são recebidos com entusiasmo para a realização de suas carreiras e para a integração ao esforço coletivo em defesa do BRB como instituição pública, a serviço do desenvolvimento econômico e social do DF e por garantia dos direitos e conquistas dos trabalhadores do banco.

“Nossos parabéns, sejam muito bem-vindos e contem com o Sindicato em todos os momentos, dentro e fora do banco”, salienta Daniel de Oliveira, diretor da entidade e funcionário do BRB.

Da mesma forma que manifesta a satisfação com a chegada dos novos bancários, o Sindicato também protesta por terem sido convocados pelo banco apenas 20 Escriturários, quando a expectativa é de que fossem pelo menos 100. O BRB possui mais de 100 agências e há em todas elas a necessidade de pelo menos um bancário para essa função.

“Essa convocação não atende minimamente à necessidade. Foi decepcionante para os funcionários que sofrem com a sobrecarga de trabalho nas unidades, um balde de água fria”, diz o diretor da Fetec-CUT/CN Ivan Amarante, também funcionário do BRB.

O banco não convocava ninguém desde 2016 e houve seguidos PDVIs que reduziram substancialmente o quadro de pessoal.

A convocação de apenas 20 Escriturários revela contradição e gera dúvida quanto aos propósitos do banco. O edital do concurso oferecia 100 vagas para Escriturários e uma para advogado. E não se pode argumentar questão orçamentária para a convocação reduzida de Escriturários, uma vez que cada Advogado contratado equivale à contratação de oito bancários para aquela função.

Outra questão a ser esclarecida diz respeito à lotação dos Advogados convocados, pois de 2016 até hoje, mesmo com aposentadorias e desligamentos, o número de convocados para esse cargo extrapola em muito ao da lotação de hoje.

O Sindicato destaca ainda o fato de que o BRB tem sido alvo frequente de denúncias de sobrecarga de trabalho e de cobrança por metas com assédio moral, ocorrências que agravam o adoecimento dos bancários e acentuam a deterioração das condições de trabalho.

O presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, vinha alardeando desde o ano passado que o concurso público iria suprir cerca de 100 vagas, em caráter emergencial. “A decepção com a convocação de apenas 20 Escriturários foi proporcional à enorme expectativa gerada nas agências e no Edifício Brasília quanto à reposição da falta de pessoal”, diz a diretora da Fetec-CUT/CN e funcionária do BRB Samantha Sousa.

Na avaliação de Samantha, o concurso só correu para que houvesse imediato preenchimento das vagas de PcD e o banco não fosse multado. “Não havia a menor preocupação com a enorme carência de Escriturários nas unidades e essa convocação de apenas 20 comprova que o banco continua ignorando o problema”, diz ela.

Evando Peixoto
Colaboração para o Seeb Brasília