Adesão maciça à vigília reforça a pressão

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Enquanto os representantes dos trabalhadores se reuniam com a direção da Caixa no Hotel San Marco, do lado de fora do Matriz I e em diversas outras dependências, na maior manifestação já registrada em Brasília envolvendo o corpo técnico e de assessoramento, os bancários aderiam em massa à vigília organizada pelo Sindicato. A decisão de realizar um dia de luta como mais um instrumento de pressão contra a Caixa foi tomada em assembleia realizada na noite da terça-feira, 23 de fevereiro, que também deliberou pelo indicativo de greve caso a Caixa efetivasse a redução de jornada com redução de salários a partir de 1º de março.

A vigília em frente ao Matriz I foi acompanhada por bancários dos prédios, da filial e de outras dependências que se deslocaram até o SBS. Em vários outros pontos da capital, como na Redea, no edifício General Alencastro, na Rerop e na Ceati, ocorreram manifestações, demonstrando a unidade dos trabalhadores e a revolta contra mais uma tentativa da direção da Caixa de violar direitos. Ali, na Ceati, os empregados protestaram paralisando parcialmente os trabalhos por uma hora e meia. Na Rerop, o Sindicato promoveu uma reunião com os bancários para dialogar sobre a mobilização.

A luta interessa a todos os empregados do banco, tanto àqueles com jornada de 6 horas quanto aos que trabalham 8 horas. Isso porque a medida também poderá, com o tempo, ser estendida a todos que trabalham 8 horas atualmente. No caso dos funcionários que já fazem 6 horas, a atenção se justifica porque poderão, no futuro, se beneficiar de eventual resultado positivo.

Durante a vigília, diretores do Sindicato conversavam com os bancários e distribuíam material informativo e peças da campanha contra a redução da jornada com redução salarial. Tamanha foi a demanda pelas camisetas, por exemplo, que o Sindicato precisou solicitar nova leva do material. “A participação maciça dos trabalhadores demonstra o alto grau de revolta contra essa postura inaceitável da direção da Caixa e que estão cada vez mais envolvidos na luta pela preservação dos seus direitos”, afirmou Enilson da Silva, diretor do Sindicato.

O dia de luta nesta quarta-feira se soma à série de ações (medidas jurídicas, plenária, assembleia, reuniões no local de trabalho) que o Sindicato vem adotando desde que a Caixa anunciou que promoveria redução de salários dos ocupantes de cargos técnicos e de assessoramento. “O recado foi dado e reforçado: vamos buscar todos os meios ao nosso alcance para impedir que a direção da Caixa promova esse descalabro para com seus empregados”, advertiu Wandeir Severo, diretor do Sindicato.