Abuso de autoridade policial contra bancária e vigilante em agência do Itaú no Guará

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Um policial civil arrombou imotivadamente a porta giratória da agência do Itaú da QE 40 do Guará II e prendeu arbitrariamente um vigilante, um cliente e a gerente do banco.

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O fato com características de abuso de autoridade ocorreu após a entrada do agente ter sido bloqueada pela porta giratória que detectou a presença de metal (arma). O vigilante do banco solicitou a identificação do policial, um procedimento correto e comum para liberar a entrada de agente armado na agência. Irritado apenas pela cobrança de conduta convencional, negou-se a mostrar sua identificação e, intempestivamente, estilhaçou a porta de vidro inteira para entrar no local.

O policial algemou o vigilante e, em seguida, pulou o balcão, prendendo a gerente por suposto desacato, que reclamou da atitude do policial. Junto com a bancária, foi levado à delegacia um cliente, que também é vigilante, que filmou no celular toda a ação tresloucada do policial. As cenas dos arroubos de autoritarismo, porém, desapareceram do celular após o aparelho ter sido apreendido pelo policial.

“É uma questão de segurança para os clientes, funcionários e vigilantes. Os policiais civis e militares devem se identificar antes de entrar na agência quando estão armados. É lamentável e arbitrária essa atitude do policial”, afirma Raimundo Dantas, diretor do Sindicato. “Tanto o vigilante como a gerente agiram dentro das normas de segurança, pois não basta se apresentar como policial sem a necessária identificação. São comuns os assaltos com ladrões vestidos de policiais. Exigimos apuração rigorosa e transparente desses fatos. O Sindicato está à disposição dos vigilantes e da bancária para toda a assistência necessária”, afirma Louraci Morais, diretora da entidade, que acompanhou os fatos.

O policial é lotado na 4ª Delegacia de Polícia, que fica no Guará. A bancária e o cliente registraram boletim de ocorrência contra abuso de autoridade do policial, que chegou também a algemar o vigilante que filmou o fato.

A delegada que estava de plantão na 4ª DP não quis se pronunciar sobre o assunto.