94,6% dos empregados da Caixa sobem ao menos um delta na promoção por mérito

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Mais de 70 mil empregados da Caixa Econômica Federal – de um total de 83,2 mil – receberam pelo menos um delta na promoção por mérito em todo o país. Encerrado ano passado, o processo de promoção por mérito foi incrementado com as alterações na metodologia de avaliação conquistada pelos bancários na Campanha Nacional 2010. A mudança, segundo dados da própria empresa, aumentou significativamente o número de trabalhadores promovidos.

As diferenças de salário por promoção, os chamados deltas, beneficiaram 94,6% dos empregados. Receberam dois deltas 9,5% dos trabalhadores promovíveis, enquanto 85,1% receberam um delta e apenas 5,4% permaneceram no mesmo estágio da carreira do Plano de Cargos e Salários (PCS). Os resultados serão pagos aos bancários na próxima folha de pagamento, retroativamente a janeiro de 2011.

 

O grande número de beneficiados não seria possível no modelo fixado em 2008, que tinha percentuais fixos em cada unidade: 30% dos bancários promovíveis recebia dois deltas, 50% apenas um e 20% ficaria sem nenhuma movimentação. Criticado desde o princípio pelo movimento sindical, o modelo foi alterado em 2010 para um método de linha de corte, em que todos os bancários que recebem avaliação igual ou superior a uma nota pré-determinada recebem pelo menos um delta.

 

“O novo modelo é uma importante conquista dos bancários. Essa proposta é fruto dos debates do 26º Conecef, onde os empregados definiram o critério de linha de corte como o mais interessante para os bancários, o que agora se mostra um grande acerto”, afirma Jair Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, órgão da Contraf-CUT que assessora as negociações com o banco federal.

 

A linha de corte foi definida em 8,2, nota 15% inferior à média alcançada pelos bancários na avaliação de 2008. O segundo delta foi distribuído para os melhores avaliados até que se esgotasse o orçamento disponível no banco para as promoções.

 

“A grande quantidade de empregados que serão beneficiados, que ultrapassa os 94% do corpo funcional, mostra que nossa estratégia estava correta”, afirma Enilson da Silva, diretor do Sindicato e empregado da Caixa. “O novo modelo também extinguiu a competição predatória nas unidades, ao focar no cenário nacional”, acrescenta Wandeir Severo, diretor do Sindicato e também empregado da Caixa.

Da Redação, com informações da Contraf-CUT