3ª Conferência dos Financiários aprova minuta de reivindicações da Campanha Nacional 2018

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A 3ª Conferência Nacional dos Financiários definiu, na sexta-feira (4), a minuta de reivindicações que deverá ser apresentada à Federação Interestadual das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Fenacrefi), no início da Campanha Nacional da categoria, que tem como data base 1º de junho.

“A precarização dos direitos trabalhistas está vigorando em nosso país por meio da lei 13.467. Com a ultratividade, a Convenção Coletiva (CCT) que hoje vigora poderá perder sua validade, de forma que também se eliminem cláusulas já garantidas na CCT.

Então precisamos nos unir e fortalecer ainda mais o papel das entidades representativas, pois só assim será possível garantir nossos direitos já estabelecidos”, ressalta a diretora da Fetec-CUT Talita Régia.

A dirigente sindical acrescenta que, antes da apresentação para a bancada patronal, o material deve passar pela avaliação do Comando Nacional dos Bancários e da categoria, por meio de assembleias.

“Nós iremos percorrer os locais de trabalho para submeter e debater as propostas aprovadas com os trabalhadores”, esclarece o diretor da Fetec-CUT José Pacheco, lembrando que está na hora de unir a categoria para fortalecer a luta.

Emprego

Estudo do Dieese de São Paulo sobre o emprego nas financeiras aponta que a Relação Anual de Informações Sociais do Ministério do Trabalho e Emprego (Rais-MTE) registrou a existência de 5.624 financiários em dezembro de 2016. Essa categoria de trabalhadores representa 0,7% do total do emprego no sistema financeiro formal (853.575).

Quando se observa a evolução do emprego no setor financeiro no período compreendido entre 2006 e 2016, nota-se que os financiários tiveram aumento de 17,3% no emprego, passando de 4.796 trabalhadores em 2006 para 5.624 em 2016. Tal crescimento foi inferior à média observada para o Sistema Financeiro (28,7%).

Por outro lado, as financeiras aumentaram significativamente a contratação de correspondentes bancários no período. Em dezembro de 2007, as financeiras haviam contratado 4.134 correspondentes bancários. Em dezembro de 2016, esse número subiu para 34.568, representando aumento de 736,2%.

A remuneração média dos financiários aumentou 15,5%, em termos reais, entre 2006 e 2016, ganho superior àquela percebida na média do Setor Financeiro (7,6%).
Quanto ao perfil, os dados dos Registros Administrativos do Ministério do Trabalho e Emprego, demonstram que as mulheres são maioria (57%) entre os financiários, porém, recebem remunerações, em média, 31,9% inferiores à dos homens.


Da Redação com Contraf-CUT