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24 de Novembro de 2025 às 12:16

População cobra explicações de Ibaneis sobre fraude do Banco Master em ato nesta segunda (24)

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Diante das revelações sobre o escândalo envolvendo o Banco Master e o Banco de Brasília (BRB), a CUT-DF e outras entidades realizam, na próxima segunda-feira (24), uma mobilização em frente ao Palácio do Buriti. O ato começa às 17h e cobra que o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, explique seu papel na operação que expôs o patrimônio público a um rombo bilionário. 

Na tarde dá última quarta-feira (19), a CUT-DF convocou uma reunião de emergência para debater o caso e organizar uma resposta imediata. Como resultado, foi convocada a manifestação em defesa do patrimônio do DF e pela apuração completa do envolvimento do GDF na tentativa de compra do Banco Master pelo BRB.

“A população precisa de respostas”

Rodrigo Rodrigues, presidente da CUT-DF, defendeu a necessidade de reação imediata da classe trabalhadora.  “Os interesses dessa compra de um banco falido nunca foram explicados por Ibaneis. Ontem tivemos a prisão do dono do Banco Master, denúncias envolvendo o BRB, operações da PF… Precisamos dar uma resposta. O governador tem influência no Judiciário, há ligações diretas entre os envolvidos. É uma crise gigantesca, e escancara a necessidade de mudar os rumos dessa cidade.”

Categorias alertam: denúncias já eram antigas

Ivan Amarante, dirigente do Sindicato dos Bancários e trabalhador do BRB, relembrou que o sindicato já havia denunciado a operação muito antes das investigações ganharem força.

Segundo ele, o Banco Central barrou a compra em setembro por falta de documentação, mas as tratativas entre Master e BRB ocorriam desde agosto de 2023.

O dirigente também alertou que o Iprev, dono de 16% das ações do BRB, tem sua carteira e, portanto, a aposentadoria dos servidores, diretamente exposta ao risco do escândalo. Para Ivan, a atual crise é resultado de uma gestão desastrosa indicada por Ibaneis, que desmontou a administração do Banco. 

Unidade sindical e pressão popular

A mobilização, que acontece na próxima segunda-feira (24), nasce da unidade de diversas entidades. Mauro Montineli, do Sindicato dos Urbanitários-DF, reforçou a necessidade de ampliar a comunicação com a população. Ele propôs a produção de materiais unificados para distribuição nas ruas, especialmente na Rodoviária do Plano Piloto, ressaltando que “a CUT não aceita e os sindicatos não aceitam esse ataque ao patrimônio do DF”.

Márcia Gilda, dirigente do Sinpro-DF, destacou a contradição do governo. “Enquanto o DF enfrenta calamidades na assistência social, saúde e educação, o GDF segue investindo bilhões em renúncias fiscais e agora se vê envolvido numa ‘falcatrua bilionária’ ligada ao Banco Master”. 

Representantes de outros estados também demonstraram preocupação. Izael Ribeiro, da CUT Alagoas, lembrou que Maceió passará a receber pagamentos pelo BRB, envolvendo um estudo previdenciário de R$ 117 milhões com o Master, tudo sem transparência alguma.

Cleber Soares, dirigente da CUT-DF, apontou que a crise é extremamente grave e pode desencadear uma grande mobilização política no DF.  “É preciso convencer a população da gravidade do que está acontecendo. Estão tentando salvar um banco privado falido enquanto perseguem servidores, retiram recursos da educação e da saúde e punem categorias com multas milionárias.”

Já Guilherme Sigmaringa, presidente do PT-DF, alertou para a necessidade de proteger o BRB, patrimônio histórico e estratégico do DF, concentrando o foco na responsabilidade do governo Ibaneis nessa crise. 

Entenda o caso

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), tornou réus o Governo do Distrito Federal e Juliana Monici, chefe de gabinete de Ibaneis Rocha, em um processo que investiga operações suspeitas vinculadas ao BRB

De acordo com a CVM, há indícios de engenharia contábil e financeira entre o BRB e o Banco Master, com movimentações na ordem de R$ 16,7 bilhões entre 2024 e 2025.Juliana Monici é ré por atuar como conselheira fiscal do BRB um papel que pode ter sido estratégico nessas operações, dada a sua ligação direta com o gabinete do governador

O escândalo do Banco Master envolve o Governo do Distrito Federal porque o BRB tornou-se um dos principais sustentáculos financeiros do Master pouco antes da descoberta da fraude.

A compra do Master, estimada em R$ 2 bilhões, contava com apoio direto do governador Ibaneis, que enviou à Câmara Legislativa um projeto de lei autorizando o BRB a adquirir participação em outras instituições financeiras, justamente para viabilizar o negócio.

A Justiça suspendeu a compra por irregularidades e falta de autorização legal. A Polícia Federal cumpriu mandados na sede do BRB, e executivos foram afastados. Uma auditoria externa foi contratada.

Embora a fraude tenha nascido no Banco Master, o GDF está diretamente implicado por ter arriscado recursos públicos na instituição privada, gerando suspeitas graves sobre os reais interesses por trás da operação.

Fonte: CUT-DF

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