Na retomada das negociações entre a Contraf-CUT, sindicatos e o Banco Mercantil do Brasil realizada na sexta-feira (25), em Belo Horizonte, o banco se comprometeu a apresentar uma nova proposta de PLR (Participação nos Lucros e Resultados) na próxima reunião, marcada para a primeira quinzena de fevereiro de 2012.

Durante a reunião os representantes dos trabalhadores cobraram que o banco apresente a proposta do Programa Próprio de PLR simultaneamente a todos os sindicatos filiados à Contraf-CUT e que disponibilize um profissional para sanar eventuais dúvidas. Também foram exigidas melhorias no Programa Próprio de PLR, como fim das metas, fim dos critérios de despesas operacionais, maior transparência e distribuição linear de 4% do lucro total. A resposta será apresentada no próximo encontro.

A Contraf-CUT cobrou a solução de problemas relativos a atrasos e acúmulos de cobrança de co-participação do plano de saúde e apresentou a proposta para que os descontos de co-participação não ultrapasse 5% do salário do bancário. O banco admitiu a existência do problema, mas alegou que a culpa dos atrasos é dos hospitais, que não enviam os processos a tempo.

Também faz parte das exigências a inclusão do cônjuge e agregados no plano de saúde sem ônus para o bancário. O banco alegou problemas de aumento do custo do total do plano de saúde, inviabilizando o pleito.

Plano odontológico

A Contraf-CUT denunciou a postura de alguns dentistas do plano Odontoprev que estão se recusando a realizar alguns procedimentos. O banco alegou que não tem gerência sobre o problema, mas se dispôs a receber as denúncias para encaminhá-las à Agência Nacional de Saúde (ANS).

Segurança bancária

O sistema de abastecimento de numerário também recebeu duras críticas dos sindicatos. A exigência é que seja feita a troca gradual por novas máquinas que podem ser abastecidas pela parte de trás para garantir a segurança dos bancários. Nas novas agências as mudanças devem ser feitas imediatamente.

Central telefônica

O banco afirmou desconhecer os problemas enfrentados pelos bancários para receber ligações telefônicas particulares e se prontificou a verificar e sanar eventuais problemas.

Vale transporte

Os sindicatos também denunciaram os descontos de valores maiores nos vales transportes dos funcionários e exigiram que fosse feita a devolução desses valores. Mesmo com a intenção do movimento sindical de resolver a questão sem ações judiciais, o banco afirmou que só discutirá o assunto na justiça. Dessa forma, a orientação é que todos os sindicatos ingressem com ações coletivas a favor dos bancários que foram penalizados.

Plano de Cargos e Salários

A necessidade de contratar mais funcionários e implementar um Plano de Cargos e Salários que valorize e estimule os bancários também foi informada ao banco.

O banco argumentou que as contratações são condicionadas às pesquisas de demanda nas agências. Sobre o PCS, o banco admite que possui plano próprio desde 1999 e que buscará aprimorá-lo futuramente.

Pricilla Beine
Do Seeb Brasília