Nesta quarta-feira 20, juntamente com o pagamento do mês de março, os funcionários do BRB receberam a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) referente ao segundo semestre de 2012. E o que seria motivo de alegria, transformou-se em desânimo e desilusão.
Embora o BRB apresente um dos melhores programas de PLR do sistema financeiro, com a distribuição mínima de 15% do lucro, podendo chegar até a 20%, o que houve foi uma diminuição do valor pago por pessoa, resultado do crescimento do número de funcionários, especialmente de escriturários - o que é absolutamente necessário.
O desânimo torna-se mais evidente diante da constatação do quanto cada diretor do banco terá direito a receber: aproximadamente R$ 130 mil, valor que não varia, independentemente do número de bancários.
Apenas a título de comparação: um escriturário ou caixa recebeu R$ 3.453, e isso justamente agora em que está em vigor a nova tabela do imposto de renda sobre a PLR, que isenta valores de até R$ 6 mil. Mas quando se compara o valor pago a um gerente, também se percebe a discrepância. Estes receberam, no máximo, algo em torno de R$ 10.800.
O Sindicato entende que esta prática foi implantada ainda na triste gestão de Ricardo Vieira, mas espera que a atual diretoria tenha a atitude de não permitir que esta disparidade permaneça, e crie mecanismos que tornem mais equânime o valor pago à diretoria, em comparação com o conjunto dos funcionários.
"Agora que está em curso uma possibilidade de alteração estatutária, bem que a diretoria poderia propor para si um mecanismo de pagamento de PLR que não se descolasse do praticado para os bancários, tornando assim estas políticas de pagamento de participação nos lucros da diretoria e dos funcionários equânimes, como forma de mostrar efetivamente que estão todos juntos no mesmo barco", reivindica o diretor do Sindicato Eustáquio Ribeiro.
"Caso contrário, o discurso da diretoria cairá no vazio, e não haverá nada que estimule o conjunto dos trabalhadores a cumprir metas tão ousadas postas. Afinal, o resultado se dá pelo esforço conjunto, e não pelo desempenho só da diretoria. Se o banco tem apresentado resultados cada vez mais robustos, isso se deve em muito pelo papel relevante dos trabalhadores do BRB, que não se acanham em arregaçar as mangas e ir à luta. É óbvio que cada funcionário tem seu nível de responsabilidade, e a PLR acaba refletindo isso. Porém, mesmo considerando o nível de responsabilização que recai sobre a diretoria, nada justifica esta diferença gritante."
Da Redação