Os funcionários do BRB têm uma boa notícia: após cobrança do Sindicato, o banco confirmou o pagamento da PLR para o próximo dia 20. Mas ao mesmo tempo, vem a decepção com os valores a serem recebidos, apesar da conquista de isenção do imposto de renda para montantes até R$ 6 mil. E ainda a perplexidade diante dos valores a serem pagos à diretoria da instituição financeira, especialmente quando comparados com o que os demais bancários irão receber.
Após a publicação do balanço do BRB, e com os cálculos feitos sobre os valores que cabem a cada funcionário, chamam atenção o disparate e a discrepância do que será pago à diretoria em relação aos outros bancários.
Enquanto um diretor receberá em média R$ 130 mil a título de PLR, um superintendente ou um gerente geral 1, cargos imediatamente abaixo dos diretores, ganhará R$ 10.800. Já os escriturários receberão R$ 3.450.
“Quando se vê esta disparidade, vem à mente a célebre obra de Gilberto Freire, Casa Grande e Senzala: a casa grande se refestela dando ordens, e para a senzala, tratada a pressão, sufoco, assédio e estresse sobra o resto do festim”, frisa Eustáquio Ribeiro, diretor do Sindicato. “Esta situação de achincalhe foi mais uma obra da gestão de Ricardo Vieira, ainda no governo Arruda. Porém cabe à atual diretoria ter atitude que acabe ou pelo menos minimize esta situação vexatória”.
A literatura acerca de PLR afirma que um bom programa não deveria ter uma diferença entre o piso e o teto maior que cinco vezes. No caso do BRB, essa diferença chega à exorbitância de 37 vezes, realmente sem adjetivos para classificar tal situação.
Da Redação
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