A plenária virtual dos funcionários do Banco do Brasil realizada na noite desta quinta-feira (11) reforçou a posição do Comando Nacional dos Bancários pela manutenção do Estado de Greve e apontou para o aprofundamento da luta contra a reestruturação que extingue agências, destrói empregos e faz corte profundo na remuneração dos trabalhadores com desgratificações, descomissionamentos, descensos e outros artifícios.

A reafirmação da disposição de luta se conecta com ampla e contundente mobilização do segundo Dia Nacional de Paralisação na quarta-feira (10) com fechamento de unidades por todo o país e forte impacto em Brasília, onde a cúpula do BB se viu confrontada na sua arrogância e na sua ânsia por atacar o funcionalismo e aprofundar o desmonte do banco público.

A confiança na mobilização está também alicerçada na aliança com trabalhadores de várias outras categorias, como vigilantes, ecetistas, rodoviários, comerciários, trabalhadores da limpeza urbana e bombeiros civis. A presença na plenária virtual da presidenta do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios, Amanda Corcino, e do dirigente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviço, Julimar Roberto, expressa a solidariedade de classe alcançada pelo movimento em defesa do BB e de seus funcionários.

A plenária realçou também o fortalecimento da unidade na ação com envolvimento efetivo do conjunto da diretoria do Sindicato no combate aos ataques da direção do BB e, inclusive, do aparato policial repressivo, como se viu na paralisação da última quarta-feira. A posição pelo aprofundamento da luta dos trabalhadores do BB contra a desestruturação foi norteada por intervenções do presidente do Sindicato, Kleytton Morais, das diretoras Marianna Coelho, Leny Valadão e Rafaella Gomes, e dos diretores Rafael Guimarães, Jefferson Meira (Jefão), Girolamo Bianco e Ricardo Machado.

Calendário de mobilização e de luta

Após a direção do banco demostrar indisposição para avanço na negociação intermediada pelo Ministério Público do Trabalho e na mesa de negociação, o Comando Nacional definiu o seguinte calendário de mobilização de luta:

• Manutenção do Estado de Greve;
• Pedido de audiência pública no Senado com convocação do presidente do BB;
• Paralisações;
• Ações pontuais;
• Plenárias no dia 18/2;
• Ajuizamento de ações coletivas através da Contraf e dos seus sindicatos contra a retirada compulsória da gratificação dos caixas, contra o fechamento de agências, contra o desconto dos dias parados além da reclassificação das faltas não abonada não autorizadas decorrentes da paralisação;
• Mobilizar governadores, parlamentares e todos os níveis, prefeitos em defesa do BB;
• Próxima reunião do Comando em 19/2.