A Polícia Federal abriu um inquérito contra o Banco Master, após o Banco Central encaminhar ao Ministério Público Federal documentos que sustentaram o veto à compra da instituição pelo BRB. As investigações estão em fase preliminar e sob sigilo, com prazo inicial de 30 dias, podendo ser prorrogado.
O caso levanta sérias preocupações. O veto do Banco Central à operação, ocorrido em setembro, teve como base riscos elevados de sucessão e a possibilidade de o BRB herdar operações desconhecidas e arriscadas do Master. Isso inclui negócios envolvendo precatórios, CDBs de alto risco e compra e venda de ativos que podem esconder passivos bilionários.
Além disso, há indícios de que carteiras de crédito consignado repassadas pelo Master ao BRB estejam supervalorizadas, o que significa que os ativos não correspondem ao valor registrado no balanço do banco público. Se confirmada, a operação poderia gerar prejuízos profundos ao patrimônio coletivo e abrir brechas para fraudes.
O anúncio do acordo, em março, já havia agitado o sistema financeiro, principalmente pela proximidade do controlador do Master, Daniel Vorcaro, com setores do centrão político. Agora, o inquérito da PF reforça as denúncias de que a transação colocaria em risco a saúde financeira do BRB, além de expor trabalhadores e clientes a uma insegurança ainda maior.
Não é a primeira vez que o Master se vê envolvido em suspeitas graves. Em 2024, a própria PF já havia aberto investigação por gestão fraudulenta e envolvimento de seus controladores em operações suspeitas.
Victor Queiroz
Colaboração para o Sindicato
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