Em abril de 2006, ainda com o então presidente do banco, Rossano Maranhão, os sindicatos discutiram ações decorrentes da medida anunciada pelo banco, em 15 de março 2006, de redução de gastos com despesas de pessoal na direção geral.

Foram quase 30 dias de intensas atividades promovidas pelo Sindicato, com mobilização do funcionalismo e ações desenvolvidas também no campo político. O Sindicato repudiou a medida da direção do banco e cobrou desde o primeiro dia a sua suspensão. A partir de reuniões com o Conselho de Delegados Sindicais do BB, foram realizados dois grandes atos em frente aos Edifícios Sede I e III. Queima de fogos, uso de roupas e tarjas pretas simbolizando luto, encenação artística, distribuição de materiais, inclusive com a participação dos deputados, tudo para chamar a atenção da empresa e exigir dela a revisão da decisão.

O Conselho Diretor do BB garantiu às entidades sindicais que não haveria demissões e descomissionamento algum como resultado do processo de reestruturação. Afirmou que nenhum bancário seria considerado excedente e que os ajustes vão ocorrer ao longo do tempo sem prazo definido para que se atinjam as novas dotações, ou seja, com as aposentadorias e as saídas naturais de funcionários, haverá a acomodação do quadro.

“Todas essas ações representam uma vitória do funcionalismo do BB que, desde o anúncio da medida, resistiu ativamente, participando das mobilizações promovidas pelo Sindicato contra essa decisão de cortar despesas com pessoal, que causaria vários descomissionamentos”, destaca o diretor do Sindicato Eduardo Araújo.

 “Essa vitória dos bancários do Banco do Brasil também foi fruto da unidade dos funcionários, tanto da direção geral quanto das agências, que entenderam a gravidade da situação e se mobilizaram para revertê-la”, frisou Rodrigo Britto, diretor do Sindicato.