Banco do Brasil

25 de Fevereiro de 2008 às 10:45

No marco dos 200 anos, BB demonstra descaso com funcionalismo

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A Comissão de Negociação dos funcionários e o BB retomaram na quinta-feira, dia 21, as negociações da mesa permanente. Na agenda, além de tratar da incorporação do BESC, da reestruturação das URRs, de Plano de Cargos, Comissões e Salários, Vale Transporte, SESMT, Previ, Cassi, Participação nos Lucros – PLR foi questionada a tão propalada Responsabilidade Social.

“A propaganda do Banco do Brasil na televisão sobre os 200 anos da instituição é maravilhosa e não lembra nem de longe a realidade vivida pelos bancários e clientes nas agências. O banco não aprendeu nada de gestão de pessoal em dois séculos! As péssimas condições de trabalho, o total desrespeito com os funcionários e clientes, tudo isso é uma vergonha para um banco público que jura ter responsabilidade social”, ressalta Marcel Barros, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, da Contraf-CUT.

Plano de Carreira

Para solucionar parte dos problemas causados com o “pacote de maldades”, os representantes dos bancários solicitaram a reabertura do processo de negociação sobre o Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS).

“Muitos problemas - como as substituições não remuneradas, o assédio moral e o desvio de função - poderiam ser resolvidos por meio de um novo PCCS. Mas a diretoria do banco vive num faz-de-conta e finge que não há problemas nas agências. Ao negar discutir o PCCS, a diretoria assume uma postura muito ruim, o que nos leva a aumentar a pressão sobre o Banco do Brasil”, afirma Marcel.

Os bancários também cobraram uma solução para as fraudes nos acessos aos terminais de trabalho. Muitos funcionários encerram seu expediente, mas continuam trabalhando com a senha dos gestores. “O banco alegou que tem um sistema chamado ICR (Indicador de Chave de Risco), com o qual monitora a abertura dos terminais. Ora, se o banco tem controle sobre os acessos, isso significa que a diretoria está tolerando a fraude. Por isso, exigimos um auditor sindical para acompanhar esta questão”, explica o dirigente.
 
Previ e Cassi

A Contraf-CUT também cobrou a imediata reabertura das negociações sobre a Previ e sobre a Cassi. “Queremos discutir a melhora de benefícios com o superávit da Previ e também a implantação do plano odontológico da Cassi, que já tem condições de atender esta reivindicação, já que apresentou superávit em 2007”, conta Marcel.
 
SESMT

O não cumprimento por parte do BB da Norma Regulamentar 4 (NR 4), que dimensiona o Sesmt (Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho), coloca em risco a integridade física e a vida dos funcionários do banco, contudo a direção do banco continua a desrespeitar a legislação e a saúde do trabalhador sem nenhuma vergonha. A solução parece ainda estar longe de ser vista, pois os represen-tantes do banco ainda desconhecem essa pauta.

Participação nos Lucros

Os sindicatos solicitaram que o banco pague a segunda parcela da PLR, já negociada na campanha salarial de 2007, na mesma da em que forem creditados os acionistas.
 
Reestruturação da URR

Sobre a reestruturação das Unidades de Regionais de Reestruturação de Ativos - URRs, os bancários cobraram uma solução para os funcionários excedentes e o BB afirmou que a Gepes e Dired vão garantir que todas as pessoas realocadas sejam lotadas de preferência na mesma cidade e que tenham prioridade na concorrência a comissões.
 
Responsabilidade Social

Os bancários ainda reivindicaram maior proteção à maternidade, com ampliação da licença-maternidade e do período de amamentação. A reivindicação vem no sentido contrário do que se vê em diversas dependências do banco onde se exige que a lactante faça horas-extras e que muitas mulheres podem ser preteridas no comissionamento em virtude de se ausentar e não ter nenhum substituto para cumprir suas funções.

Besc

A contraf-CUT e entregou para a direção do BB um documento com as reivindicações específicas dos bancários do Besc e solicitou a abertura de negociações para discutir a incorporação dos funcionários, reivindicação aceita pelo BB. que ficou de apresentar um calendário para as discussões.

PAA e CCP

Foi solicitado ao banco que acelere a resolução de diversos processos de conciliação que estão encalhados a mais de 6 meses, sem solução (deferimento ou indeferimento dos direitos apresentados pelos trabalhadores), pois  muitos funcionários tem interesse de negociar efetivamente um acordo e não discutir apenas o padrão de acordo estabelecido pelo banco que não tem relação com seus direitos.
Sobre o PAA, foi apresentada denuncia sobre a postura equivocada do banco de fazer débitos retroativos e revisão do complemento salarial,  em razão de recalculo sobre o adicional de complemento de benefício negociado com a Previ, o banco ficou de estudar a matéria.

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