Na sexta (24) a partir das 18h, o Sindicato vai sediar o lançamento do CD e da camiseta do Carnaval deste ano do Pacotão, tradicional bloco carnavalesco de Brasília. Bancários e bancárias estão convidados a participar da folia que promete muita alegria e descontração ao som de marchinhas e a presença do Rei Momo e de compositores.

Nesta 39ª edição do Pacotão, Rodrigo Rollemberg não escapou da ironia. O governador e a crise hídrica no DF foram as musas inspiradoras máximas do samba enredo do irreverente bloco carnavalesco. “Tcheco, tcheco, tcheco/é banho de bacia/ tcheco, tcheco, tcheco/falta água noite e dia”, diz a marchinha vencedora, Banho Tcheko, de Antonio Jorge (ex-Rei Momo), Thayane e Hadassa Sales, escolhida entre 50 inscritas.

Nos anos anteriores, se destacaram as sátiras da política nacional. Em 2016, o Pacotão arrastou multidões às ruas sob o tema da corrupção, com a música “Suruba no alto escalão”, de Paulo Miranda. A música fazia críticas ao então ex-vice-presidente, Michel Temer, e ao então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.

Improviso e desorganização

No Pacotão, como em todo “bloco de sujos”, o improviso e a desorganização são a tônica, com marchinhas, faixas e cartazes, sempre em tom de ironia e deboche. Conhecida por desfilar na contramão da avenida W3, a agremiação se concentra na 302 Norte e sai em direção à Asa Sul.

O bloco mais irreverente da cidade ganhou as ruas de Brasília no Carnaval de 1978. No início, tímido, com pouco mais de 100 pessoas, em sua maioria jornalistas que carregavam o estandarte–símbolo e algumas faixas com frases desconexas, embalados pelos ritmistas da escola de samba Aruc.

Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília