Logo após o juiz federal Sergio Moro expedir o pedido de prisão Lula, o povo brasileiro foi às ruas em solidariedade ao presidente e contra o desmonte da democracia no Brasil. Em Brasília, a frente da CUT foi lotada por manifestantes que, unanimemente, afirmaram que não aceitarão a prisão do companheiro Lula. Nesta sexta-feira (6/4), às 16h, será realizado ato na Praça Zumbi dos Palmares, no Conic.

Ainda na noite desta quinta-feira (5/4), militantes do PT e de partidos de esquerda, representantes de movimentos sociais e sindicais, parlamentares e trabalhadores de diversas categorias fecharam a Esplanada dos Ministérios (na altura da rodoviária, via S1) para protestar contra a determinação de Moro, considerada mais um flagrante ataque à democracia e à Constituição do país.



Em São Paulo, uma multidão se concentrou em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC para defender Lula, nesta quinta-feira. Atos para esta sexta-feira (6/4) já estão agendados em todo o Brasil.

Moro expediu o mandado de prisão de Lula menos de 24 horas após o Supremo Tribunal Federal negar o habeas corpus que impediria a execução provisória da pena diante da confirmação absurda da condenação de Lula pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), no processo do chamado triplex do Guarujá. Com isso, o presidente poderia recorrer de sua condenação em liberdade.

Segundo a BBC Brasil, “a prisão não era esperada até meados da próxima semana, quando, em tese, seriam avaliados os últimos recursos da defesa do petista em Porto Alegre. No despacho, no entanto, Moro diz não ver necessidade de aguardar pela resolução de tais apelações. ‘Hipotéticos embargos de declaração constituem apenas uma patologia protelatória e que deveria ser eliminada do mundo jurídico’”.

Descaradamente, Moro declarou que “em atenção à dignidade do cargo que ocupou”, dará a Lula a possibilidade de se apresentar espontânea e voluntariamente à sede da Polícia Federal em Curitiba. Com isso, se o presidente se entregar até às 17h desta sexta-feira, não será buscado por agentes da Polícia Federal.

“Lutar, lutar, lutar! Lula e o povo brasileiro, neste momento, são um só! Não nos calarão”, afirma o presidente da CUT Brasília, Rodrigo Britto.

Fonte: CUT Brasília