A PEC 287, da reforma da Previdência Social do governo de Temer, que altera as regras atuais da aposentadoria, além de retirar os direitos adquiridos pelos trabalhadores, aprofunda ainda mais a desigualdade social no país. Caso seja aprovada, a proposta acarretará prejuízos significativos para as mulheres, tanto da cidade como do campo.

Ao eliminar o direito concedido às mulheres de se aposentarem com cinco anos a menos do que os homens, tanto na idade quanto no tempo de contribuição, a PEC 287 desconsidera as condições desfavoráveis enfrentadas por elas no mercado de trabalho e a dupla jornada que cumprem, a de trabalho e a de afazeres domésticos, incluindo os cuidados aos filhos.

“É a desigualdade de gênero que mais uma vez prevalece. Uma medida nefasta contra as mulheres, enquanto trabalhadoras, donas de casa e mães”, critica a secretária de Mulheres do Sindicato, Helenilda Cândido.

Trabalhadora rural

Para a trabalhadora rural, a situação é ainda mais grave, uma vez que ela é submetida a trabalhos temporários (safra) que impedem contribuição mensal e a rotinas penosas que interferem na saúde e reduzem sua capacidade produtiva prolongada e a própria expectativa de vida. 

Mulheres unidas

Manifestações em todo o Brasil marcam o dia 8 e o dia 15 de março, dentro dos atos programados para o mês da mulher.

Palestra dia 16 com Marcia Tiburi

Para celebrar o Dia Internacional da Mulher, o Sindicato promove no dia 16 de março, a partir das 19h, no Teatro dos Bancários, debate sobre o tema ‘Mulheres, Política e Sociedade Contemporânea’, com a renomada escritora, filósofa e professora Marcia Tiburi. A palestrante é autora de várias obras, como “Mulheres, Filosofia ou Coisas do Gênero”, “Olho de Vidro” e “Como Conversar com uma Fascista”.

Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília