Banco BRB

19 de Abril de 2007 às 08:33

Mudanças na diretoria do BRB

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GDF
Mudanças na diretoria do BRB

Arruda desiste de indicar os ex-dirigentes da Nossa Caixa Valdery Albuquerque e Luiz Francisco para cargos no Banco de Brasília

Ana Maria Campos
Da equipe do Correio

O governador José Roberto Arruda (DEM) decidiu recuar na pretensão inicial de indicar Valdery Frota de Albuquerque e Luiz Francisco Monteiro de Barros Neto para a diretoria do Banco de Brasília (BRB). A nomeação dos dois técnicos, ex-integrantes da direção da Nossa Caixa, a instituição financeira oficial do estado de São Paulo, vinha sendo criticada pela oposição, Sindicato dos Bancários e pelo Ministério Público do Distrito Federal (MPDF). Segundo assessores próximos do governador, a decisão de não nomeá-los — embora ainda não seja oficial — já foi tomada.

Os nomes de Valdery e Luiz Francisco foram publicados em edital, no dia 2 de abril, como declaração de propósito de ocupação de cargo na administração do banco. A intenção do BRB ao lançar os nomes na praça era de colher informações sobre o currículo dos nomes escolhidos. O Núcleo de Combate às Organizações Criminosas do MP enviou um ofício ao diretor do Departamento de Organização do Sistema Financeiro (Deorf) do Banco Central, Luiz Edson Feltrim, com informações sobre os diretores. O Ministério Público de Contas encaminhou documentação. As nomeações da diretoria do banco exigem prévia autorização do Banco Central.

Na semana passada, a deputada distrital Érika Kokay (PT) e dois diretores do Sindicato dos Bancários do Distrito Federal foram pessoalmente ao Banco Central para entregar uma representação contra Valdery, Luiz Francisco e Francisco Soares Pereira. Pelo material em poder do Banco Central, Valdery foi denunciado, junto com outras sete pessoas, pelo Ministério Público Federal por crime de gestão temerária ao autorizar, como diretor da Caixa Econômica Federal, empréstimo à empresa Encol S.A., em 1995, quando a empreiteira já estava quebrada.

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Luiz Francisco teve seu indiciamento recomendado em relatório parcial da CPI dos Bingos, por supostamente ter participado de irregularidades em contratos de publicidade da Nossa Caixa — que foi presidida por Valdery. Segundo o MP, ele era superintendente nacional de loterias da Caixa Econômica quando veio à tona o esquema de renovação do contrato da Gtech com a instituição, escândalo que envolveu o ex-assessor da Casa Civil Waldomiro Diniz. Luiz Francisco e Valdery não foram localizados ontem pelo Correio.

Um outro nome escolhido por Arruda para a direção do BRB, Francisco Soares Pereira, também foi atacado. Ele é alvo de ação criminal e de improbidade administrativa por não ter rescindido, como administrador de Taguatinga, contrato sem licitação considerado irregular pelo MP, de concessão do Complexo Esportivo Elmo Serejo, o Serejão, em Taguatinga, ao Brasiliense Futebol Clube. O time tem como principal cartola o ex-senador Luiz Estevão. Nesse caso, no entanto, o governador pretende manter a indicação porque entende que a responsabilidade pela assinatura do contrato é do administrador anterior, Valdemar Aguiar.

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