O Ministério Público do Trabalho (MPT) estipulou prazo de cinco dias para que o Banco do Brasil e a empresa Assemp resolvam as pendências trabalhistas com as telefonistas terceirizadas. Em audiência com as partes, o procurador do Trabalho afirmou que o atraso na assinatura das carteiras de trabalho, o não pagamento de vales transportes e alimentação e a tentativa de diminuição do salário das telefonistas de R$ 630 para R$ 525 reais ferem frontalmente os direitos das funcionárias. A convenção coletiva das telefonistas estipula que o piso da categoria é de R$ 630,05. Elas continuam em estado de mobilização.
"A tentativa de diminuição do salário dessas trabalhadoras é mais uma ilegalidade cometida contra trabalhadoras que há décadas vem prestando serviços ao BB. Essa é mais uma atitude de desrespeito à legislação trabalhista brasileira, já que o banco é co-responsável nesses contratos de terceirização”, diz Rafael Zanon.
O Sindicato já vem denunciando ao MPT as constantes irregularidades cometidas pelo BB ao longo dos últimos anos, como o descumprimento da jornada de seis horas dos bancários, a falta de combate ao assédio moral, o desvio de função, e a precarização das terceirizações. Mas a Diretoria Jurídica do BB fecha os olhos e até estimula o desrespeito às leis trabalhistas.