O Ministério Público do Trabalho (MPT) vai investigar a abertura de novo concurso público para o Banco do Brasil (BB). A decisão foi tomada pelo procurador do Trabalho Cristiano Paixão, com base em representação protocolada pelo deputado distrital Chico Leite (PT-DF), em 25 de março. A informação foi divulgada na manhã desta sexta-feira, durante audiência pública na Câmara Legislativa para debater a não prorrogação do concurso realizado pela instituição há dois anos.
A determinação do Ministério Público do Trabalho é de que o Banco do Brasil se explique no prazo de 15 dias. O procurador quer saber as razões que levaram o banco a desprezar o cadastro reserva. O diretor de Gestão de Pessoas do Banco do Brasil, Juraci Masieiro, comentou que o motivo para o outro concurso é acelerar a posse de novos funcionários e atender a demanda das agências. Masieiro justificou que houve 20% de desistência dos aprovados nos últimos dois anos e que a expectativa do banco é reduzir esse índice.
Cerca de 1.800 candidatos aprovados ainda não foram nomeados ao cargo de escriturário do Banco de Brasil, relativos ao concurso de 2006. Mesmo assim, a instituição resolveu abrir novas seleções para o mesmo cargo, nos estados do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins, São Paulo, Bahia e Distrito Federal. Indignada, uma comissão de aprovados no concurso pediu apoio para a prorrogação do prazo inicial do edital e convocação dos classificados, em vez de se lançar novo edital.
Eles alegam, que de acordo com o Superior Tribunal de Justiça, havendo candidatos aprovados no concurso, mas ainda não aproveitados pela Administração, a abertura de novo certame, quando ainda válido o anterior, é uma ofensa ao direito dos candidatos remanescentes, que têm direito de preferência sobre os aprovados na nova disputa.
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