Estranho e inusitado. Não bastasse a suspensão da reunião de segunda-feira (19) do Conselho de Administração (Consad) do BRB, cuja única pauta era a avaliação e votação da indicação de Abdon Henrique pelo governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, para a terceira presidência do banco em seu mandato, reunião esta retomada na quarta (21), seu resultado evidencia o grau de insegurança e questionamento dada a patente busca improvisada de elementos e documentação para um nível mínimo de currículo.
Dos seis votos, apenas três foram a favor, o que, pela regra estatutária do Consad do BRB, permitiu a eleição de Abdon Henrique à presidência do banco no limite. O que revela, para as atribuições e a responsabilidade do órgão de administração superior, uma dificuldade sintomática.
Em condições normais, não se deveria forçar assim a eleição de um presidente do BRB sem maior convencimento e esclarecimento. Situação essa que deve ser considerada pelo Banco Central, órgão responsável pela homologação do nome de Abdon Henrique, observado o prazo de avaliação pública para eventuais protestos oriundos da sociedade e da cidadania.
Terá havido mais pressão e açodamento do governo do DF para bancar tal modo de aprovação?
Quais são os detalhamentos para esse grau inédito de reserva e divisão dentro do órgão estatutário que deve zelar pelo lastro técnico-profissional dos diretores do banco, cuja eleição é de sua competência?
O Sindicato considera esse resultado mais um fator relevante a atestar que a indicação, agora eleição, não é apropriada.
O Sindicato continuará atento e tomará as providências cabíveis ao seu alcance para assegurar a boa gestão institucional e o interesse público, bem como o dos bancários.
Da Redação