A 12ª Vara do Trabalho de Brasília determinou que o Banco do Brasil apresente, no prazo de cinco dias, explicações sobre a tentativa de ampliar a jornada dos Assessores de Unidades Estratégicas (UE) de seis para oito horas diárias. A decisão foi proferida em ação civil coletiva ajuizada pelo Sindicato dos Bancários de Brasília, que busca suspender a medida anunciada pelo banco.
Na decisão de 4 de novembro, o juiz Carlos Augusto de Lima Nobre reconheceu a relevância e a complexidade da matéria, ressaltando que a alteração proposta pelo Banco do Brasil tem notória repercussão social e econômica, envolvendo um número expressivo de trabalhadores. O magistrado entendeu que a análise do pedido de urgência exige maior aprofundamento, motivo pelo qual determinou que o banco apresente suas justificativas antes de qualquer decisão.
O Sindicato considera a iniciativa do Banco do Brasil um ataque direto a um direito histórico da categoria, conquistado com décadas de mobilização: a jornada de seis horas. Para o SEEB Brasília, a tentativa de ampliar a jornada sob o pretexto de reestruturação organizacional representa uma forma disfarçada de aumentar a exploração do trabalho sem qualquer ganho real para os empregados, desrespeitando decisões judiciais já consolidadas e afrontando a boa-fé e a dignidade dos trabalhadores. O Sindicato reafirma que não aceitará retrocessos e seguirá atuando em todas as frentes jurídica, política e sindical para impedir que o Banco do Brasil imponha mais essa perda à categoria.
Após as explicações do Banco do Brasil, a Justiça do Trabalho voltará a analisar o pedido de liminar que busca suspender a implementação da jornada de oito horas, prevista para entrar em vigor em 17 de novembro.
Da Redação
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