Banco do Brasil

4 de Julho de 2007 às 17:04

‘Irresponsavelmente, BB aposta no caos’

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Os fatos desta quarta-feira 4 de julho envolvendo o Banco do Brasil: • A imprensa divulgou que mais de 7 mil funcionários saíram

no Plano de Aposentadoria Antecipada (PAA) — mais que o triplo do que a direção do banco esperava.



Os fatos desta quarta-feira 4 de julho envolvendo o Banco do Brasil:

• A imprensa divulgou que mais de 7 mil funcionários saíram no Plano de Aposentadoria Antecipada (PAA) — mais que o triplo do que a direção do banco esperava.
• Nas negociações com a Comissão de Empresa, o BB nem apresentou proposta para superar o impasse, nem respondeu à proposta dos sindicatos para a Cassi (Caixa de Assistência), prolongando a crise no Plano de Associados.
• Em relação ao PCS, novamente nenhuma proposta do banco e nenhum avanço.

“A direção do Banco do Brasil parece apostar no caos, demonstrando irresponsabilidade para com seus funcionários, com o futuro da empresa e com o futuro da Cassi”, denuncia o presidente do Sindicato, Rodrigo Britto.


‘Banco está apostando na falência da Cassi’

Na terceira rodada de negociações sobre a Cassi, realizada nesta quarta de manhã, o BB não fez nenhuma alteração na proposta anterior, rejeitada pelos participantes na consulta realizada há um mês. Limitou-se a retroagir em 60 dias o aporte dos R$ 150 milhões contidos no acordo original, contados da data de aprovação do novo estatuto.

“O que o BB está propondo é um grande nada. Não há qualquer melhora na proposta acordada anteriormente e – sem alteração – é ilegal submeter o mesmo teor para nova apreciação dos associados. Não podemos colocar em votação a mesma proposta duas vezes”, critica Marcel Barros, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.
 
Além de ilegal, Marcel destaca que a não-proposta é imoral porque revela o desprezo da direção do BB para com a Cassi. “O BB não considera que a Cassi está com as despesas contingenciadas, não tem um orçamento aprovado e sequer tem recursos para o plano de associados. O banco está apostando na falência da Cassi e isto, aliado a tudo que vem ocorrendo dentro da empresa, mostra que a diretoria está perdida. Uma direção que incentiva a aposentadoria precoce de 7 mil trabalhadores, que significam a história da empresa, não tem responsabilidade com o Banco do  Brasil e nem moralidade no trato com os funcionários”, ataca Marcel.
 
Sobre a proposta apresentada pelos bancários há quinze dias para solucionar os problemas da Cassi (clique aqui para ler a íntegra), o BB informou que não tem nenhuma resposta a dar. “Nosso prazo para fecharmos uma proposta em consenso está no fim e esta diretoria não mostra vontade para negociar. Sendo assim, a Contraf/CUT vai procurar novamente os parlamentares e lideranças políticas oriundas do Banco do Brasil e vamos até o Congresso Nacional denunciar a imoralidade com que o BB trata seus bancários e a falta de responsabilidade com a sociedade brasileira”, conta William Mendes, diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
 
Caso uma eventual proposta seja acordada, a realização do plebiscito terá de ocorrer entre 20 e 27 de julho.

BB emperra negociações sobre PCS

Na parte da tarde, a discussão foi sobre o Plano de Cargos e Salários (PCS) que a Comissão de Empresa apresentou no início de 2006. Novamente nenhum avanço.
Há um mês e meio a diretoria está tentando, via pacote de maldades, piorar o que já era ruim para os bancários. Diante da pressão da Contraf/CUT e dos protestos promovidos pelos funcionários do BB em todo o país, a empresa aceitou abrir negociações, mas não mostra qualquer vontade para avançar nas reivindicações dos trabalhadores.
 
“Desde que o banco impôs o pacote da maldade, já houve duas reuniões com o banco para discutir nossas reivindicações para o PCS. Mas o BB trava a discussão, de forma irresponsável”, critica Miriam Fochi, diretora do Sindicato e representante da Federação dos Bancários Centro-Norte na Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.
 
Durante a reunião sobre o PCS, o diretor que falava em nome do banco disse que não tinha qualquer proposta para apresentar porque houve “problemas que não estavam previstos” com a implantação do pacote. Afirmou também que não dispunha das “informações necessárias para discutir a proposta” apresentada pelo funcionalismo. Diante disso, o banco sugeriu não marcar nova data de negociação e informou que chamaria a Contraf/CUT para discutir assim que tiver uma posição.
 
“Apresentamos nossa última proposta há um ano e meio e o banco não tem uma resposta? Realmente a diretoria está perdida, como mostra a saída de mais de 7 mil funcionários num plano equivocado de aposentadoria antecipada. Com a falsa alegação de se tornar mais competitivo, o BB acabou dispensando 7 mil trabalhadores qualificados, que agora vão servir ao mercado”, denuncia Marcel.

Direção descumpre palavra

A Comissão de Empresa e a Contraf/CUT também questionaram o fato de o BB cobrar das pessoas que aderiram ao plano de aposentadoria, e ainda não se desligaram, a assinatura de um termo que quita diversos direitos que não foram pagos. “Afirmamos que este termo é ilegal e vamos contestar judicialmente. As pessoas não devem assinar nada e qualquer pressão deve ser comunicada aos sindicatos”, afirma Marcel.
 
Os bancários ainda cobraram a reclassificação das ausências da greve contra o pacote de maldades. “Não negamos as ausências, mas o banco não pode dizer que elas não são justificadas e que a empresa não sabia dos protestos. Os negociadores do banco mais uma vez tergiversaram e não apresentaram proposta concreta, como vem ocorrendo sempre”, diz.
 
Outro ponto cobrado pela Contraf foi a irregularidade que o BB promove ao não pagar o devido adicional para quem exerce a função de caixa. “Já constatamos esse desrespeito no Brasil inteiro. No dia 21 de maio, a Contraf fez a denúncia ao presidente do BB, Lima Neto, que prometeu que isso jamais ocorreria novamente. E continua havendo esta irregularidade. O que mostra que nem a palavra do presidente do banco vale alguma coisa”, finaliza Marcel.

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