Os comissionados de cargos técnicos e de assessoramento do BRB intensificarão a mobilização, com novas reuniões ampliadas, para discutir uma futura ação judicial para reivindicar pagamento da 7ª e 8ª horas como extras. A decisão foi tomada ontem no início da noite de quinta (17) na sede do Sindicato em encontro convocado pelo Sindicato.

“A assessoria jurídica expôs a legislação e inúmeras questões técnicas que asseguram o enquadramento de muitos comissionados (auxiliares administrativos, assistentes, supervisores, analistas e outros) na jornada legal de 6 horas de trabalho diário. Agora, no entanto, é necessária uma maior adesão a esse movimento, pois quanto mais bancários aderirem, maior será a nossa força e menores as possibilidades de eventuais tentativas de retaliação por parte do banco”, explicou Antonio Eustáquio, diretor do Sindicato.

O secretário geral do Sindicato, André Nepomuceno, lembrou que tanto o Banco do Brasil como a Caixa já obtiveram diversos resultados positivos em ações de 7ª e 8ª horas, propiciando perspectivas favoráveis para ganho de causa também no BRB. “Essa luta pela jornada de 6 horas aos comissionados tem reflexos diretos na qualidade de vida e de trabalho e na melhoria de remuneração. São benefícios e direitos fundamentais para os bancários”, afirmou.

Outro dado favorável é o fato do Sindicato ter entrado com ação pedindo a suspensão da prescrição do prazo de contagem de tempo no direito de 7ª e 8ª horas. O Sindicato já havia entrado com esse tipo de ação em 2005, o que garantiu aos bancários contemplados o direito de pleitear as 7ª e 8ª horas até o ano de 2010, estendendo o prazo de prescrição de cinco para dez anos. O bancário sindicalizado, portanto, será beneficiado pela nova ação, podendo pleitear as 7ª e 8ª horas por um período maior caso a decisão venha de novo a ser favorável.