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2 de Maio de 2017 às 21:19

Greve que parou o Brasil dia 28 foi destaque no mundo. Para governo, apenas uma manifestação

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Ainda não há um balanço preciso do resultado da greve geral deste histórico dia 28 de abril. Na avaliação do governo Temer, a paralisação não passou de mais um ato de pequenos grupos. Mas pela avaliação do noticiário internacional, o movimento que paralisou diversas categorias e invadiu as ruas das principais cidades brasileiras impactará fortemente a votação das reformas trabalhista e previdenciária e põe em xeque o governo atual.


Alguns deputados veem as manifestações como um elemento importante para fortalecer as posições de parlamentares dissidentes no Congresso e consolidar a “traição” de deputados da base aliada nas votações das reformas.

Traição essa punida por Temer com exonerações de apadrinhados que votaram contra o texto-base da reforma trabalhista, aprovada, na última semana, por 296 votos a favor e 177 contrários, e que agora segue para o Senado. Os atos foram publicados no Diário Oficial da União da terça-feira (2). A reforma da Previdência está prevista para ser apreciada no plenário entre 8 e 20 de maio.

Confira como a greve, minimizada por Temer, foi destaque nos principais veículos internacionais:

BBC
Mais de 150 cidades pelo país registraram paralisações e protestos nesta sexta-feira (28), quando movimentos sociais e sindicais convocaram uma greve geral. Desde o início da manhã, várias cidades amanheceram sem transporte público. Categorias de trabalhadores foram para as ruas e fecharam lojas e bancos, além de escolas municipais e estaduais. A Polícia Militar dispersou manifestantes com bombas de gás lacrimogêneo.

The Guardian
“Brasileiros cansados de políticos corruptos vão às ruas para protestar contra medidas de austeridade” Com esse título, o jornal britânico considerou a greve como uma forma de a população declarar suas frustrações com o governo e com os políticos que insistem nos cortes de benefícios e serviços públicos, mesmo com a evidência de que eles próprios se beneficiam pessoalmente com propinas ilegais em contratos superfaturados”.

Reuters
O jornal destacou como ponto principal a adesão dos trabalhadores dos transportes públicos, além da paralisação de portuários, aeroviários, professores, petroleiros, metalúrgicos e bancários, entre outros trabalhadores. 

The Wall Street
O noticiário chamou a atenção para os impactos que a realização da greve geral e das manifestações provocará nas propostas de reformas apresentadas pelo governo e que podem forçar o governo a modificar as propostas.

The New York Times
O jornal disse que “A greve revelou fissuras profundas na sociedade brasileira sobre o governo de Temer e suas políticas. O presidente permanece muito impopular após subir ao poder no ano passado com o impeachment de Dilma Rousseff”.

La Nación
O noticiário deu espaço para a manifestação de diferentes grupos indígenas em Brasília, que exigiam celeridade no processo de demarcação de terras indígenas e expressavam desaprovação a um projeto que irá alterar as normas que regem a delimitação de tais territórios.

Al Jazeera
Para a publicação, São Paulo foi a cidade mais afetada pela greve geral. Também destacou Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte, que tiveram paralisação no transporte, além de Curitiba, onde se baseia a enorme investigação anti-corrupção do Brasil, a Operação Lava Jato.

RT
Para a emissora russa, o destaque ficou com a repressão policial no Rio de Janeiro, que usou canhões de água e gás lacrimogêneo contra os manifestantes. “A greve geral foi a primeira em duas décadas no Brasil. Milhões de brasileiros ficaram em casa nesta sexta. Trabalhadores protestaram contra congelamento nos gastos públicos e mudanças nas aposentadorias e nas salvaguardas trabalhistas”.

Le Monde
Para o jornal da França, a greve foi “histórica”. “Escolas públicas e privadas, correios, bancos, comércios, transportes e hospitais foram afetados em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro na maior parte das grandes cidades por uma greve geral em sinal de protesto à reforma do mercado de trabalho e da previdência”.

El Pais
A greve geral afetou grande parte dos transportes públicos (ônibus e metrô), bancos, escolas (públicas e privadas), comércio, de várias capitais, mobilizando milhares de pessoas. O presidente Temer insistiu que seguirá seus propósitos de "modernizar a legislação nacional" e descartou qualquer diálogo com sindicatos ou outros grupos da sociedade civil.

TeleSUR
Para a emissora multiestatal, a greve geral veio como resposta às políticas de ajustes e cortes do presidente Temer contra a classe operária e trabalhadora do Brasil. A página da emissora destacou a opinião da ex-presidente Dilma Rousseff, que chamou a greve geral de “dia histórico”.

Rosane Alves
Do Seeb Brasília

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