Banco BRB

22 de Outubro de 2008 às 23:33

Greve continua no BRB. Assembléia hoje, às 18h, em frente ao Edifício Brasília

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Atualizada às 12h02

Na reta final das negociações, a direção do BRB mudou de conversa e não cumpriu o compromisso de nivelar sua proposta com os resultados que saíssem da mesa com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). O recuo na palavra empenhada gerou indignação entre os funcionários, que decidiram pela continuidade da greve na assembléia da noite de ontem.

Nova assembléia dos bancários do BRB também nesta quinta, às 18h, em frente ao Edifício Brasília.

Durante a negociação que se transcorreu por praticamente toda a tarde desta quarta-feira 22, o Sindicato buscou por todas as formas convencer o BRB de que a viabilidade de um acordo estava condicionada à melhoria de sua proposta. A cúpula do banco fingiu não entender que a própria proposta da Fenaban já estava no limite do aceitável e que qualquer coisa fora dela não seria admitido pelos trabalhadores em greve há 23 dias.

Em todos os bancos, a aplicação do modelo de PLR acertado com a Fenaban traz mais vantagens, sobretudo por conta da PLR adicional que não existe no BRB. “Por se tratar de benefício vinculado à variação da rentabilidade, a PLR adicional que consta da proposta feita ao conjunto da categoria atingiria valores acima da média geral dos demais bancos caso fosse aplicada no BRB”, explica Antônio Eustáquio, funcionário do banco e diretor de Imprensa do Sindicato.

Posto de outra forma: seguir a Fenaban implica ao BRB pagar um valor adicional de PLR, o que não consta na proposta do banco. Esse adicional (que pode ser entendido como um abono) possibilitará aos demais bancários receber valores que variam de R$ 1.320 a R$ 1.980.

Aliado a isso, o BRB, que sempre se espelhou no Banco do Brasil para fazer sua proposta, não está levando em consideração que este banco oferece um abono de R$ 1.300 aos empregados. Ou seja, o conjunto da categoria terá, além da PLR, um valor adicional de no mínimo R$ 1.300.

Outra questão se refere à 13ª cesta-alimentação. Embora na proposta do BRB esteja contemplada a equiparação da soma dos valores da cesta mais o tíquete, ao final do ano os funcionários do BRB teriam um valor da sua cesta-alimentação menor, uma vez que todos os outros bancários terão uma cesta no valor de R$ 272,93 enquanto os funcionários do BRB receberiam R$ 186. 

Seguir a Fenaban significa seguir esses dois itens, que constam na Convenção Coletiva Nacional. 

“O completo desinteresse em relação às necessidades dos trabalhadores ficou latente na atitude assumida pela direção do banco e a continuidade da greve foi a resposta cabível à gratuita discriminação sofrida no desfecho das negociações”, diz André Nepomuceno, secretário-geral do Sindicato.

Está prevista negociação para esta quinta-feira 23. É a chance que o BRB tem de se redimir frente aos seus empregados pelo destrato que os impingiram ao nivelá-los por baixo no momento de conclusão da campanha salarial deste ano. Até à boca da assembléia de ontem à noite, que poderia ter sido de desfecho das negociações, como ocorreu em todos os demais bancos, o Sindicato e a atual direção do Banco de Brasília vinham progredindo no relacionamento, pela crença de que ambas as partes estavam em acordo quanto à necessidade de se buscar soluções para a série de problemas que os bancários e próprio banco enfrentam.

Houve estremecimento nesse processo porque os trabalhadores foram desmerecidos. O Sindicato joga agora toda a sua força na greve para, ao lado dos funcionários do BRB, exigir tratamento digno. E é com proposta que possa por fim ao impasse nas negociações que a direção do banco poderá recompor o diálogo que vinha até então produtivo.

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