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25 de Novembro de 2025 às 19:18

Golpe com perfis falsos no WhatsApp tenta enganar bancários usando nome do Sindicato

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Circula entre trabalhadoras e trabalhadores do setor financeiro um novo golpe praticado por estelionatários que se passam por advogados, consultores jurídicos e até representantes do Sindicato dos Bancários de Brasília. Os criminosos utilizam perfis que simulam atendimento profissional, com fotos de pessoas reais, linguagem formal e até contas comerciais verificadas no WhatsApp, o que causa confusão e confere aparência de legitimidade.

Um dos formatos mais comuns é o contato inicial por mensagem ou áudio, apresentado como uma suposta consultoria jurídica especializada em direitos bancários. A abordagem costuma mencionar que outros bancários teriam recebido valores expressivos em ações de sétima e oitava hora, acúmulo de funções, metas abusivas, assédio moral, insalubridade, doença ocupacional e diferenças salariais. A promessa é sempre a mesma: descobrir rapidamente se a pessoa “tem algo a recuperar”.

Os golpistas costumam usar um discurso estruturado para gerar confiança. Em alguns dos casos identificados, o criminoso envia áudios afirmando ter analisado “direitos esquecidos” e oferecendo uma conversa rápida para explicar os supostos valores a receber. Eles afirmam que podem encaminhar “jurisprudências” e relatórios, usam termos técnicos de direito trabalhista e até citam categorias específicas como caixa, caixa minuto ou profissionais expostos a bobinas térmicas, sempre simulando conhecimento profundo da rotina bancária.

Em outra etapa do golpe, os estelionatários enviam textos prontos que imitam comunicações institucionais. Entre os materiais já identificados estão listagens detalhadas de supostos direitos que poderiam ser recuperados, como sétima e oitava hora, diferenças de PLR, adicionais de insalubridade e indenizações por assédio. Para dar aparência de veracidade, os criminosos afirmam ter obtido o número da vítima por meio de “bases de dados do Sindicato” e prometem apoio jurídico individualizado. Tudo é falso.

O objetivo final do golpe surge após a criação desse vínculo de confiança: os criminosos afirmam que a pessoa tem valores altos a receber e que, para liberar o montante, seria necessário pagar taxas, impostos, honorários antecipados ou custos processuais. A pressão emocional aumenta, os prazos são reduzidos artificialmente e os golpistas tentam induzir pagamentos rápidos e silenciosos.

Além disso, uma parte preocupante desse golpe é o uso de perfis com selo, fotos reais de advogados, nomes de pessoas conhecidas e até documentos adulterados. A prática tem confundido bancários e reforça a necessidade de verificar qualquer contato que se apresente como institucional.

Para se proteger, é fundamental lembrar que o Sindicato não entra em contato por WhatsApp oferecendo restituições, valores liberados ou oportunidades jurídicas individuais. Nenhum advogado, tribunal ou órgão público comunica liberação de dinheiro por mensagens privadas. Em caso de dúvida, o bancário deve sempre consultar os canais oficiais da entidade, conferir números e e-mails publicados no site do Sindicato e nunca realizar depósitos ou enviar documentos sem confirmação direta.

Se você receber mensagens desse tipo, não responda, não forneça informações pessoais e não realize nenhum pagamento. Registre boletim de ocorrência e informe o Sindicato para que novos casos sejam monitorados e denunciados.

Os serviços jurídicos do Sindicato são divulgados exclusivamente pelos canais oficiais e jamais solicitam transferências antecipadas, dados sensíveis ou taxas para “liberar valores”. A orientação é redobrar a atenção, especialmente quando o contato vier de números desconhecidos, usar linguagem muito técnica ou prometer ganhos fáceis.

Victor Queiroz
Colaboração para o Sindicato

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