Face a desinformações quanto ao aproveitamento dos aprovados em concurso interno aptos a desempenharem a função, foi realizada no Sindicato no dia 14 de abril, reunião para analisar a situação dos gerentes de negócio júnior. Os mais de 20 gerentes participantes se mobilizaram para cobrar do banco uma posição quanto ao seu aproveitamento.
De acordo com o edital do concurso interno, o banco asseguraria a efetivação de 140 aprovados, os demais ficariam no banco de reservas e seriam efetivados à medida que surgissem vagas.
O que tem se visto no banco é uma situação de desrespeito ao concurso, com um número de gerentes aprovados já formados e com estágio concluído sem serem aproveitados, ao passo que, segundo eles próprios, há agências com escriturários substituindo em vagas de gerentes de negócio júnior. Isso sem contar a ocupação de vagas por funcionários vindos do Ed. Brasília, até sem curso de formação de gerentes e mesmo CPA, conforme denúncias recebidas pelo Sindicato.
Após a reunião, os presentes constituíram uma comissão com três representantes. O Sindicato solicitou um encontro com o banco para discutir a demanda destes companheiros, que ocorreu na última quinta-feira, 24 de abril. Na reunião, que contou com a participação dos diretores da rede Marco Aurélio e Kátia Peixoto, o banco apresentou medidas de interesse do grupo, frutos da mobilização. As medidas foram:
- Nomeação de 26 novos gerentes de negócio júnior, cuja efetivação ocorrerá em 05 de maio.
- Garantia de que a substituição temporária na função de gerente de negócios júnior, seja destinada à funcionários aprovados no processo e com estágio feito, nas agências em que isto ocorrer.
Ainda na reunião, o banco assegurou que a validade do concurso interno será por prazo indeterminado, de forma que, outra seleção para o cargo só ocorrerá após a efetivação de todos aptos que se encontram no banco de reserva. Segundo o banco, com a efetivação destes 26, serão completados 142 gerentes já efetivados, restando 57 no banco. Após a efetivação dos 26, o BRB divulgará a relação com a respectiva classificação dos 57 restantes.
“A mobilização já demonstrou sua força. O banco já se moveu. Porém, só poderemos nos sentir plenamente contemplados quando todos os aprovados no concurso interno, e que tenham os plenos requisitos para comissionamento (curso e estágio) estejam comissionados e exercendo a função para a qual se prepararam e para a qual o banco investiu tempo e dinheiro”, destaca Eustáquio Ribeiro, funcionário do BRB e diretor do Sindicato.
Sindicato organiza aprovados em concurso em busca de contratações Assim como se constata a necessidade de contratação de novos bancários para suprir uma demanda mais do que necessária no BB, na CEF e nos bancos privados, o BRB também passa por situação semelhante: há um déficit estimado em mais de 300 funcionários, em função de aumento na carga de serviço, abertura de novas agências, aposentadorias, pedidos de demissão que chegam a 10 por mês e ainda pelo plano de desligamento incentivado ocorrido em 2013, responsável pela saída de mais de 100 funcionários do BRB.
A carência é notada pelo aumento expressivo de horas extras, e ainda pela elevação do índice de adoecimento no trabalho provocado tanto pela sobrejornada, bem como pela pressão decorrente do baixo número de trabalhadores para desempenhar as atividades.
O BRB, embora tenha um concurso com validade até dezembro de 2015, fez sua última contratação em setembro de 2013. De lá para cá, mesmo que a área de recursos humanos tenha solicitado autorização para novas contratações, o conselho diretor do banco vetou qualquer contratação em 2014. “É um absurdo não contratar ninguém este ano com a demanda tão forte para isso. Os funcionários não estão mais suportando a carga de trabalho. O banco precisa rever esta posição e autorizar novas contratações” cobra Daniel de Oliveira, funcionário do BRB e diretor do Sindicato.
Diante desta situação, o Sindicato, juntamente com representantes dos concursados do BRB, está organizando uma campanha visando novas contratações. Neste sentido, buscará pressionar a diretoria para que reveja sua posição referente a não contratação agora em 2014, e ainda buscará intermediação junto a parlamentares e autoridades do GDF para sensibilizá-los quanto à necessidade desta medida. Atualmente, há 645 concursados a espera de convocação.
Da Redação