Os funcionários não aguentam mais afrontas da diretoria do BB, que segue descumprindo acordos e palavras dadas publicamente e arrastando outras negociações. Não há desculpa para tanta demora, já que o lucro do banco continua às mil maravilhas.
O lucro líquido do primeiro trimestre atinge R$ 2,35 bilhões, com um crescimento de 41,2% no comparativo com igual período do ano passado. Enquanto isso, gestores, além de cobrarem metas abusivas que elevam a lucratividade e a sobrecarga de trabalho, são orientados a fazerem cortes e adequações orçamentárias que atingem até o cafezinho em algumas unidades.
Outro exemplo perverso de suposta economia é a contratação pelo banco, após licitação, da empresa de segurança e vigilância Brasfort, que fez cortes de toda natureza, infringindo regras, reduzindo escalas de trabalho, contrariando súmulas do TST e do próprio edital de licitação do BB.
Em protesto contra a postura intransigente e desrespeitosa do banco, os funcionários paralisam parcialmente a agência Central, no Sede I, nesta terça-feira, 18 de maio.
A novela para implantação do plano odontológico para os funcionários continua; uma situação que se arrasta desde a Campanha Salarial de 2008 dos bancários e até o momento ainda não foi resolvida. Vários prazos estabelecidos em acordo venceram. Nem mesmo foi cumprida a palavra dada pelo próprio presidente do banco, Aldemir Bendini, no batepapo na intranet com os funcionários, de que o plano odontológico estaria funcionando até 7 de maio passado.
O prazo para finalização de proposta para o novo Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) e jornada de 6 horas (com pagamento da 7ª e 8ª horas extras) se aproxima. A data-limite é dia 30 de junho e até o momento nada foi apresentado para discussão. A categoria quer avanços com um debate para regras transparentes de ascensão, de comissionamentos e descomissionamentos, por exemplo.
O Sindicato dos Bancários entende que as contratações devem ser imediatas.
Os funcionários cobram agilidade na constituição dos comitês regionais de ética para apurar casos de assédio moral, que ocorrem apenas entre bancários. O Sindicato dos Bancários e o SindiServiços acabam de receber denúncias, por exemplo, de que estariam ocorrendo processos de assédio sobre terceirizados pela empresa GVB.
O prazo para os comitês também termina no dia 31 de agosto e o movimento sindical reivindica que representantes do funcionalismo sejam escolhidos em processo semelhante ao da eleição de Cipas para compor os novos órgãos.
A intensificação da mobilização é uma demonstração de que a paciência dos funcionários está se esgotando e que o sinal está amarelo para a direção do BB.
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