Tiveram início na quinta-feira (14), em São Paulo, as negociações da Campanha Nacional 2016 entre os representantes dos trabalhadores das financeiras e a Federação Nacional de Instituições de Crédito, Financiamento e Investimentos (Fenacrefi).
Representando a Fetec-CUT/CN, os sindicalistas discutiram a minuta de propostas da categoria entregue à Federação em 14 de junho. Entre as principais reivindicações, reajuste de 15,31% (reposição da inflação mais 5% aumento real), Piso Escritório de R$ 3.777,93 (indicado pelo Dieese em maio de 2016) e Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários.
Das cláusulas discutidas, os representantes da Fenacrefi concordaram apenas em avançar nos debates a respeito do parcelamento de férias, mas querem discutir o formato. Disseram que a pauta de reivindicações está “fora da realidade” e que estão “estarrecidos” com os pleitos da campanha apresentados.
A Fenacrefi não se posicionou sobre a antecipação do reajuste de 9,82% nos salários; negou o abono-assiduidade, rejeitou a instalação de mesa temática sobre terceirização e não aceita discutir as metas abusivas, pois entende que o termo “abusiva” não existe nas empresas.
Para os sindicalistas, a minuta entregue à Fenacrefi considera as questões da conjuntura atual em que a economia brasileira está em crise, à exceção do setor financeiro, o que mais lucrou nos últimos anos. Nesse sentido, eles acreditam que as financeiras devem considerar os resultados positivos e cumprir seu papel social, aumentando o número de empregos e valorizando seus empregados.
PLR
Sobre a PLR, a Fenacrefi sinalizou que apenas pretende manter o modelo de 2015 (90% do salário mais R$ 2.300,26 e teto de R$ 10.977,76), sem qualquer reajuste. Foi criada mesa temática sobre PLR para reformular o modelo atual da CCT.
TERCEIRIZAÇÃO
A Fenacrefi não concordou com a instalação da mesma temática sobre terceirização e afirmou que vai aguardar os resultados da aprovação do PLC 30/2015 (PL 4.330 aprovado na Câmara), em tramitação no Senado, que trata da terceirização irrestrita, também para as atividades-fim.
OUTRAS CLÁUSULAS
Outras reivindicações dos financiários ignoradas são as cláusulas 87 e 92 da minuta, que se referem à garantia de retorno ao trabalho e de salário do empregado com benefício indeferido ou alta médica da previdência. Também fazem parte das reivindicações temas relacionados à saúde e condições de trabalho, como o assédio moral.
PRÓXIMA REUNIÃO
A próxima rodada de negociação entre trabalhadores e financeiras será no dia 2 de agosto, em São Paulo, na sede da Fenacrefi.
Da Redação com Contraf-CUT
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