O Conselho de Administração do Banco do Brasil decidiu, na segunda-feira (6), unificar a vice-presidência de Varejo, Distribuição e Operações com a de Gestão de Pessoas e Desenvolvimento Sustentável e, no lugar, criar a vice-presidência de Distribuição de Varejo e Gestão de Pessoas. Para completar o mandato 2013/2016 no cargo, foi designado o administrador e funcionário de carreira do banco há 36 anos, Paulo Roberto Lopes Ricci.
 
Aproveitando do pacote das alterações administrativas, o Conselho acomodou o ex-governador da Bahia pelo antigo PFL (atual DEM), Cesar Augusto Rabello Borges (PR-BA). Para isso, criou a vice-presidência de Serviços, Infraestrutura e Operações, que irá responder pelas áreas de suprimentos, de gestão de serviços compartilhados. Cesar Borges, que já havia ocupado a vice-presidência de Governo do BB em 2012, estará à frente da vice-presidência de Infraestrutura até 2016.
 
Para o diretor do Sindicato Rafael Zanon, também bancário do BB, a decisão de acabar com a vice de pessoas é inadmissível e lamentável. “A eliminação da vice-presidência de Pessoas do BB, órgão imprescindível para uma empresa, põe em risco o bom desempenho administrativo e reduz a importância da gestão de pessoas”, ressaltou. A vice-presidência de Pessoas foi criada em 2003, com Luiz Oswaldo Sant’iago.​
 
“Temos que defender o Banco do Brasil de políticas que fujam de sua atuação histórica. As vice presidências deveriam ser ocupadas por funcionários da casa”, enfatizou Zanon.
 
Discriminação às mulheres no BB

Zanon aproveitou, ainda, para criticar a ausência de mulheres no alto comando do BB. Segundo dados de 2014 divulgados pelo banco, elas somam 42% da mão de obra da entidade, mas ocupam apenas 35% dos cargos com funções gerenciais.
 
“A diferença entre bancários e bancárias nas gerências do banco é notória.  As mulheres não ocupam a alta direção da empresa. Essa realidade de desrespeito às mulheres tem que mudar”, destacou.

Rosane Alves
Do Seeb Brasília

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