

Com a divulgação dos prêmios da mostra Panorama e dos júris independentes, o 68º Festival Internacional de Cinema de Berlim anunciou no sábado 24 mais três troféus para filmes nacionais, além dos dois entregues na cerimônia do Teddy Awards a Tinta Bruta e Bixa Travesty.
O Processo, de Maria Augusta Ramos, projeto sobre o impeachment de Dilma Rousseff, ficou com o terceiro lugar entre os documentários da Mostra Panorama, cujos vencedores são escolhidos pelo público. Isto significa que ele foi o terceiro mais votado entre 18 concorrentes. O primeiro lugar ficou com o documentário espanhol The Silence of Others.
“O Processo” teve casa lotada em todas as sessões. Na estreia, o filme foi aplaudido de pé, e ganhou o prêmio de terceiro lugar na votação do público, uma honra em se tratando do Festival de Berlim e de seu público cinéfilo e sofisticado.
O filme consegue a proeza de sintetizar o processo do impeachment, desde sua abertura até o desfecho. A diretora informou ter 400 horas de gravação. A direção não é neutra, mas é objetiva e sóbria. Não há narração em off. Os personagens agem e se revelam por si mesmos.
A 68ª Berlinale foi uma festa e uma vitória para o cinema brasileiro, pondo em relevo de forma vigorosa e rigorosa um Brasil denso e complexo – aquele que o condomínio golpista que nos assola desde 2016 quer esconder e talvez destruir.
Da Redação com agências
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