O Sindicato participou da terceira reunião do Fórum Regional de Condições de Trabalho da Caixa, realizado no dia 18 de setembro, na Gerência de Pessoas (Gipes/BR), em Brasília. Os tópicos abordados foram ar-condicionado do Edifício 507 Norte e agência Almirante Sanderson, condições de segurança, posicionamento de ação consultiva Ceouv e ocupação do 2º andar do Edifício Caixa (SBS), entre outros.

Segurança da agência Taguatinga Sul

O Sindicato expressou preocupação sobre as condições de segurança externa na agência Taguatinga Sul, lembrando que os empregados estão expostos dada a localização da unidade, principalmente no fim da jornada de trabalho.

No intuito de buscar melhorias, o Sindicato propôs melhorias na iluminação e monitoramento da região. Para solucionar esses problemas, a Giseg garantiu que vai instalar novas câmeras de segurança no local, e encaminhará ofício às unidades de segurança para intensificar a ronda nas proximidades da agência. E a Gilog vai providenciar as melhorias no sistema de iluminação.

Pisos do 6º, 9º e 10º andares do Edifício Matriz I

Outro assunto encaminhado pelo Sindicato refere-se aos pisos do 6º, 9º e 10º andares do Edifício Matriz I, que se encontram soltos e quebrados, representando risco de acidente aos trabalhadores. Sobre isso, ficou definido que serão realizadas visitas in loco para avaliação. 

Discriminação dos empregados da Vitec e Vivar nos processos seletivos internos (PSIs)

O Sindicato também questionou sobre os reais motivos da exclusão da participação dos empregados vinculados à Vitec e Vivar nos processos seletivos internos (PSI’s) realizados recentemente para a Cecop. “A exclusão gerou grande descontentamento entre os trabalhadores das áreas discriminadas. Por essa razão, o Sindicato pautou este assunto por entender que esta injustiça prejudica o ambiente de trabalho, constituindo assim, assunto para o Fórum”, observou o secretário de Formação Sindical, Antonio Abdan, que é representante do Sindicato no Fórum.

Esta questão já havia sido levantada pelo Sindicato. Porém, não houve uma resposta satisfatória por parte da Caixa.

Para o gestor da Gipes, esta posição é reflexo da momentânea interrupção das contratações por parte da empresa, que dificulta a reposição de empregados em tais unidades. No entanto, como se trata de um assunto de âmbito nacional, o Fórum decidiu encaminhar questionamento formal à Geing.

Ar-condicionado

Sobre o ar-condicionado da unidade da 507 Norte, foi informado que o problema já foi resolvido, ao contrário do que ocorre na agência Almirante Sanderson, unidade que apresenta  dificuldades recorrentes, uma vez que utiliza o aparelho central do Ministério da Marinha e este, pelo menos uma vez na semana, o desliga por não haver expediente no prédio. Como medida emergencial, a Gilog encaminhou um equipamento portátil, mas a unidade alega que isso não foi suficiente para a resolução do impasse apresentado.

Os membros do Fórum foram informados que o gerente geral da unidade está acompanhando o caso junto aos representantes do órgão, inclusive com a realização de reuniões pontuais. E também que já foi encaminhado ofício ao Ministério com a proposta de instalação de sistema próprio de ar-condicionado, mas ainda não houve resposta. Ficou estabelecido que a Caixa forçará o agendamento de nova reunião para resolver definitivamente o problema.

Quanto ao CE Geinp/Gelog, que determina horário de funcionamento do ar-condicionado nos edifícios administrativos, foi esclarecido que as unidades precisam adequar suas atividades aos horários pré-estabelecidos de funcionamento do ar-condicionado. E que, caso existam necessidades que justifiquem uma excepcionalidade da regra, que tais unidades entrariam em contato com a Gilog.

Escada de incêndio do prédio Datamec (511 Norte)

O Fórum debateu sobre o risco à vida dos trabalhadores que utilizam o prédio  Datamec, na 511 Norte, em decorrência da inexistência de escada de incêndio. O que havia sido informado anteriormente é que o prédio seria desativado. Entretanto, o que se observa é o aumento do contingente de empregados no referido prédio. Em virtude disso, o Fórum solicitará esclarecimento formal da Caixa quanto à utilização do prédio. E pela sua gravidade, o assunto será encaminhado ao Fórum Nacional de Condições de Trabalho.

Ação Consultiva Ceouv

O Fórum foi posicionado pela Gipes quanto ao andamento da Ação Consultiva conduzida pela Gerência de Pessoas na Ceouv. A Gipes informou que as etapas de levantamento de informações foram concluídas e que o diagnóstico foi apresentado aos gestores da unidade. Disse também que o trabalho está na fase de elaboração do Plano de Ação (que será construído pelos empregados da unidade). E garantiu que, na próxima reunião, manterá os componentes do Fórum atualizados sobre o andamento dos trabalhos.

Ocupação do 2º andar Edifício SBS (antigo prédio da Filial)

Os membros do Fórum foram informados de que provisoriamente o 2º andar do Edifício SBS será ativado para ocupação imediata de um grupo de trabalho, composto por empregados da Gepem. No entendimento do Fórum, o prédio não possui condições apropriadas para a sua utilização, o que compromete a saúde e a integridade dos trabalhadores.

O Fórum manifestou preocupação com a condução do referido processo, uma vez que foi informado que as gerências de Pessoas e de Segurança não foram avisadas previamente sobre a ocupação.  Isso compromete a atuação das duas gerências, fragilizando os controles, pois aspectos como a inspeção por parte do Sesmt e outros órgãos especializados (Corpo de Bombeiros do DF) não foram verificados.

“A urgência na resolução de determinadas demandas não pode sobrepor os aspectos mínimos de segurança e saúde, que as unidades exigem para o seu funcionamento. A reativação do prédio da Filial é um exemplo claro do que não pode acontecer. A preocupação com a contenção de gastos, tônica da empresa, pode resultar numa série de problemas à saúde dos trabalhadores da Caixa”, afirma Antonio Abdan. O dirigente sindical emenda: “O Sindicato não poupará esforços em alertar a empresa e, quando necessário, acionar os órgãos competentes contra esses ‘equívocos’”.  

Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília