Um dos pontos fundamentais do novo PCS (Plano de Cargos e Salários) do BRB é a incorporação do PPR (Programa de Participação nos Resultados) no VR, o que representa um resgate de uma dívida já histórica do banco para com os funcionários, especialmente aqueles com funções comissionadas.

A situação de defasagem das funções comissionadas perdura desde 2002, quando foi criado o primeiro programa de renda variável, a campanha de incentivo a metas (CIM), posteriormente aperfeiçoado até chegar à atual formatação do PPR. Durante esse período, o Sindicato sempre levantou o argumento de que esse programa nada mais era do que uma forma enviesada de não pagar aos funcionários aquilo que realmente mereciam, porém obrigando-os a cumprirem metas para receber o que lhes era de direito. O Sindicato também denunciou isso como um mecanismo cruel, que causava duplo prejuízo, uma vez que, além de obrigar o trabalhador a cumprir metas para receber o que cabe a ele, sobre os valores vinculados às metas não incidiam 13º salário, férias, FGTS, contribuição para a Regius, INSS etc.

No PCS implantado em 2006, a então diretoria do BRB, também ignorando a real necessidade dos bancários do BRB, passou ao largo dessa discussão e colocou em vigor um Plano de Cargos à revelia de qualquer debate que envolvesse a participação dos funcionários. Fruto de intensas discussões entre o Sindicato e o banco, o novo PCS, que o BRB afirma que implantará em 1º de julho deste ano (e o Sindicato cobra que seja agora em maio), procura corrigir essas distorções. Embora entenda que ainda não seja o suficiente, o Sindicato reconhece que há avanços importantes. 

Para entender a incorporação de 65% do PPR no VR, o bancário deve proceder da seguinte maneira:

1) Veja na tabela do PPR o valor correspondente à sua função;
2) Subtraia deste valor do PPR o valor do VR constante em seu contracheque;
3) Multiplique a diferença resultante do cálculo anterior por 0,65%;
4) Some o valor encontrado em 3 ao seu VR atual;
5) Este é o valor do seu VR no novo PCS.