No semestre passado, os funcionários receberam uma parcela variável equivalente a 95% do salário, por que agora seria de 45%? Esta redução da porcentagem do salário já era prevista.
Desde 2003, quando conquistamos com a greve o modelo de PLR da Fenaban, o percentual do salário gira em torno dos 40%. Naquele ano, reivindicamos o modelo da Convenção Coletiva (80% do salário + R$ 828 fixos em valores atualizados), que é anual, e adaptamos à nossa PLR, que é semestral, por insistência do BB.
No primeiro semestre de 2006, o BB teve um lucro que incluiu quase R$ 2 bilhões de créditos tributários. Com o montante envolvido conseguimos dar esse salto na porcentagem. Mas foi um valor extraordinário, que se deveu justamente ao lucro não recorrente do banco.
É importante destacar que se fosse aplicado o índice 60% do salário ou VR, o montante destinado à PLR seria consumido somente com essa parte do módulo variável. Isso quer dizer que a metade da pirâmide para baixo seria prejudicada e os altos salários seriam favorecidos.
Não é isso que os sindicatos cutistas defendem. Brigamos pela distribuição do percentual do lucro líquido de forma linear para privilegiar a base da pirâmide. A parte fixa da PLR de R$ 412 e os R$ 1.011,36 referentes à distribuição dos 4% do lucro líquido consomem quase a metade do montante reservado, o que é importante para os trabalhadores que ganham menos.
Os sindicatos assinaram o módulo ATB (acordo de trabalho) desde o primeiro semestre de 2005 por considerarem que foi um avanço para o conjunto dos bancários nos módulos variável e fixo, que não excluem ninguém.
A PLR do segundo semestre de 2006 (R$) | ||||
| 4% sobre lucro líquido linear | Valor fixo | 45% da referência | Total |
Escriturário | 1.011,36 | 412,00 | 573,08 | 1.996,44 |
Caixa | 1.011,36 | 412,00 | 814,39 | 2.237,75 |
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