O Sindicato voltou a se reunir com o BRB, nesta quarta-feira 8, para nova discussão sobre o PCCR (Plano de Cargos, Carreira e Remuneração). Na ocasião, o banco apresentou uma proposta preliminar de funções para o novo plano que contém poucas modificações na nomenclatura comparada ao que existe hoje. Entre as mudanças, cabe destacar as alterações relativas às funções que devem ser adequadas para a jornada de 6 horas.
Veja os pontos apresentados pelo banco para o novo PCCR:
Assistente de negócios
Fica extinta a função. Os atuais asnegs (assistentes de negócios), após passarem por curso de gerente de negócios, se aprovados ao final, serão enquadrados como gerente de negócios júnior, com alçada decisória e carteira, cuja jornada será de 8 horas. Além disso, a remuneração será elevada do atual patamar de asnegs. O valor, porém, ainda não foi definido pelo banco.
Supervisor de processos
Entre os ocupantes desta função haverá uma parte que se manterá como gerente de processos, com jornada de 8 horas; outra migrará paras as funções de analista e especialista, tendo jornada de 6 horas. Ainda não foi estabelecido o valor destas funções.
Assistentes de administração
A função será extinta. Os atuais ocupantes serão migrados para as funções de supervisores de processos (8 horas), analistas ou especialistas (6 horas).
Auxiliares de administração
Essa função também será extinta. A situação dos atuais ocupantes ainda não foi definida pelo banco.
Outras funções
Criação de quatro níveis de gerentes de negócios: master, sênior, pleno e júnior. Os atuais gerentes de negócios serão enquadrados conforme a carteira que administram: jurídica – máster; física – sênior; atuais asnegs – júnior. A remuneração também não foi definida, porém não haverá nenhum gerente de negócios em atividade com remuneração inferior ao que hoje recebe, segundo o banco.
Gerentes gerais
A função está mantida, inclusive com a mesma nomenclatura, e haverá correção na remuneração, mas os valores também não foram informados pelo BRB.
Além da tabela preliminar de funções, o banco reiterou a disposição de implementar, em março próximo, o enquadramento nos novos padrões, conforme divulgado ainda no final de dezembro (vale lembrar que este enquadramento é retroativo a setembro de 2011).
O banco informou ainda que o percentual de acréscimo à folha de pagamento não poderá ser superior a 5% com a implantação do novo PCCR.
Preocupação
O Sindicato, embora considere positivas algumas alterações, como a resolução da questão da 7ª e 8ª horas e a valorização dos asnegs, vê com preocupação a extinção de funções, sem definição clara do que será feito com funcionários que as ocupam, e a situação daquelas que serão convertidas de 8 para 6 horas, uma vez que o banco não apresentou valores.
“O Sindicato, por princípio, defende a alteração da jornada sem redução salarial”, reforça o secretário-geral do Sindicato, André Nepomuceno.
“Fica difícil travar uma discussão mais aprofundada diante da inexistência de valores referentes às funções. O banco precisa apresentar algo mais concreto para que possamos avaliar”, defende Cida Souza, diretora do Sindicato.
Para o diretor do Sindicato Cristiano Severo, “a discussão se afunila, mas os funcionários precisam de mais dados, para que a angústia em relação a essa demanda acabe” frisa Cristiano.
“Este PCCR deve apresentar um modelo justo, que corrija distorções e aponte para um instrumento que seja capaz de gerar satisfação no conjunto de funcionários. Porém, o que foi apresentado ainda não permite um julgamento completo”, conclui Eustáquio.
Retroativo sobre o CPVP de março de 2011
Na reunião desta quarta, o banco informou ainda que o pagamento do percentual de 3,85% sobre o CPVP retroativo a março de 2011 será objeto de discussão da Dicol, no mais tardar na próxima semana.
Em março do ano passado, o VP sofreu um reajuste de 3,85%. Conforme determina o PCS em vigor, este percentual deve ser repassado para o CPVP, de forma que os funcionários que tenham esta verba em seu contracheque devem receber este valor. O percentual foi aplicado aos salários em setembro de 2011, conforme acordo coletivo, mas o referente ao período de março a agosto do ano passado não foi efetuado. Diante disso, o Sindicato cobrou e o banco se comprometeu a regularizar a situação.
Nova negociação
Diante da necessidade de agilizar a discussão acerca do PCCR, cuja implantação pode começar em março próximo, foi marcada nova reunião para o próximo dia 15, ocasião em que o banco apresentará, conforme compromisso assumido, a proposta detalhada do novo PCCR, com custos de implantação, valores de função e a situação dos ocupantes da FG de assistentes administrativos.
“O Sindicato espera que a proposta a ser apresentada no próximo dia 15 enfim traga os elementos para tomada de decisões”, diz André Nepomuceno, secretário-geral do Sindicato.
Após a apresentação da proposta final do banco, o Sindicato chamará reunião com os funcionários para discuti-la.
*Atualizada às 18h44
Da Redação
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