O Sindicato paralisou nesta terça-feira 17 por três horas, das 9h ao meio dia, o atendimento das agências mais movimentadas do HSBC em Brasília: Centro Brasília (502 Sul) e Lago Sul. A manifestação nas unidades do banco faz parte do Dia Nacional de Lutas para protestar contra as quase 400 demissões promovidas pela instituição financeira na semana passada em todo o país, após uma reestruturação da área de aquisição de contas.
Durante toda a semana, atividades pelo país inteiro serão realizadas pelos sindicatos, conforme decisão da reunião via chat com 42 dirigentes do HSBC do Brasil inteiro.
Nesta terça, o Sindicato distribuiu carta aberta aos clientes explicando os motivos das paralisações. Os clientes estão solidários com os bancários, que em vez de serem reconhecidos pelo lucro recorde de R$ 946,7 milhões em 2006, 11% a mais que em 2005, são demitidos arbitrariamente, destaca Paulo Frazão, diretor do Sindicato e empregado do HSBC.
Negociação
Com o objetivo de tentar reverter oito demissões no Distrito Federal, o Sindicato se reuniu na segunda-feira 16 com o gerente da Regional do HSBC, Ademir Corrêa. Na semana passada, após garantir que não havia nenhum processo de demissões em curso, o banco mandou embora quase 400 bancários no Brasil inteiro no último dia 12.
Representaram o Sindicato na reunião os diretores Paulo Frazão e Raimundo Dantas, ambos bancários do HSBC, e Rodrigo Britto. Pelo banco, participaram Ademir Corrêa, Willian Abraão, gerente de Área Aquisição Centro-Norte, e Edimilson Vieira, consultor regional.
Os bancários estão revoltados principalmente porque o banco garantiu que não haveria dispensas. O HSBC não honra nem a palavra dada e ainda trata com descaso os representantes dos seus funcionários ao assumir compromissos que descumpre em menos de uma semana, disse Raimundo Dantas, diretor do Sindicato e empregado do banco.
Ao tentar justificar as demissões no DF, Ademir Corrêa garantiu que não haverá novos cortes em Brasília. Os funcionários dispensados estavam com avaliações (3 e 4) abaixo da média e alguns com contrato de experiência. Os mais antigos e com possibilidade de melhorar o desempenho na empresa foram mantidos. O banco deu autonomia para demitir mais funcionários, mas preferimos utilizar os critérios desempenho e tempo de serviço, afirmou Paulo Frazão.
Segundo dados do Banco Central, até o final de 2006, o HSBC ocupava a sexta posição no ranking de bancos considerando os depósitos em conta corrente, poupança e Certificados de Depósito Bancário (CDBs).
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