
O  ato organizado pelo Sindicato no Edifício Sede VI do Banco do Brasil  nesta quinta-feira (8) foi marcado mais uma vez pela postura  antissindical do banco, que tentou impedir a mobilização dos  trabalhadores e não permitiu a entrada do equipamento de som, do  cinegrafista e da jornalista da entidade. Mesmo assim, a manifestação  aconteceu com participação expressiva dos funcionários do local, que  reivindicaram o fim dos descomissionamentos arbitrários e de outras  práticas antissindicais. 
 “Esta manifestação mostra a nossa  indignação contra os atos descabidos de descomissionamentos sem  justificativa e de inúmeras práticas antissindicais por parte do BB,  tais como tentativa de censura às atividades do Sindicato, perseguição  de bancários que fizeram greve e assédio moral. Estamos juntos para  dizer que continuamos mobilizados, mesmo diante das investidas do BB em  tentar enfraquecer nosso movimento”, ressalta o secretário de Assuntos  Jurídicos do Sindicato, Rafael Zanon, que também é bancário do BB.
Diversos  bancários, delegados sindicais de outras unidades de trabalho e  aposentados também participaram da manifestação no Sede VI, que ocorreu  na área externa do prédio. Eles conversaram com os colegas lotados no  local e se mostraram indignados com os descomissionamentos dos bancários  que decidiram lutar pelos seus direitos e ganharam ações de 7ª e 8ª  horas na Justiça. Todos os descomissionados tiveram sentença  determinando o pagamento das horas vencidas e vincendas nas ações na  Justiça pleiteando as 7ª e 8ª horas trabalhadas indevidamente.
Durante  a atividade, os diretores do Sindicato lembraram aos bancários que a  empresa não pode cancelar férias, bem como abonos agendados com  antecedência daqueles que participaram da greve. O BB chegou a cancelar  férias de alguns funcionários, mas foi obrigado a voltar atrás por uma  ação do Sindicato que gerou decisão do Tribunal Regional do Trabalho da  10ª Região em favor dos trabalhadores no último dia 2 de novembro.
O  juiz determinou que o BB não pode cancelar as férias dos funcionários  que fizeram greve, e ainda, que o crédito das remunerações deveriam ser  estornadas, sob pena de multa de R$ 50.000,00 por empregado prejudicado.
O  Sindicato orienta os bancários a denunciarem qualquer tipo de coação  que tenham sofrido por parte de gestores do banco. A entidade dará os  devidos encaminhamentos e acionará novamente a Justiça se necessário.
Vitória dos bancários Na  quarta-feira (7), o Sindicato obteve êxito em recurso ao Tribunal  Superior do Trabalho (TST) referente ao direito de representar  funcionários comissionados da Contadoria Geral (Coger) em uma ação  coletiva de 7ª e 8ª horas. A liminar reverteu as decisões contrárias  anteriores que não aceitavam a ação coletiva. Agora, o processo volta  para a primeira instância para julgamento do mérito. A partir dessa  jurisprudência, a assessoria jurídica do Sindicato formará novos grupos  homogêneos para ações coletivas sobre o tema.