Banco do Brasil

31 de Agosto de 2012 às 13:35

Eduardo Araújo: 'Didadura' do BB decreta AG-5

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Colegas,


A direção do BB quer confundir e apavorar bancários na Campanha Nacional 2012 com notícias esclarecedoras e estarrecedoras sobre descomissionamento e demissão por ato de gestão, o “AG nº 5”.

 

O BB negociou e clausulou no Acordo Coletivo de Trabalho 2010/2011, renovada no ACT 2011/2012, a necessidade de três avaliações negativas e consecutivas para que ocorra qualquer descomissionamento, uma vitória dos bancários. Agora o diretor Carlos Eduardo Neri afirma em Boletim Interno aos funcionários que “não é isso que está no Acordo Coletivo 2011/2012, firmado com as entidades sindicais”. Isto posto, a credibilidade dos negociadores do banco na mesa de negociações foi colocada em xeque mais uma vez, e o movimento sindical não vai compactuar com isso.


A justificativa exposta pelo diretor Neri é sórdida porque coloca os trabalhadores uns contra os outros: “Entendemos que a oportunidade para o reposicionamento do funcionário e a melhoria de seu desempenho não podem durar tanto tempo por ser contraproducente, sobrecarregando a equipe e prejudicando o resultado da dependência”. Com isso, a direção do BB quer colocar uma “pá de cal” no princípio de solidariedade existente entre os bancários do BB e acabar com uma cultura familiar que existe há tempos. Qualquer pessoa passa por alguma dificuldade em certo momento da vida, podendo ou não isso afetar seu desempenho, ou encontrar gestores despreparados capazes de perseguir funcionários por motivos diversos (veja abaixo a carta que recebi).


AG-5 (Ato de gestão número 5 - IN 379-1.1)

As instruções internas do BB para facilitar a demissão sem justa causa (por ato de gestão, como diz o banco, ou ditatorial, como eu afirmo) foram alteradas no dia 13/07/2012 e criaram o código 818 -Demissão sem Justa Causa – Decisão Administrativa, modificando a alçada estatutária e exclusiva do presidente, redistribuindo-a para os vice-presidentes ou o Comitê Diretivo, conforme a alçada de comissionamento.

 

Explico: Hipoteticamente, quando o presidente ou um vice-presidente pedir a demissão de alguém de uma alçada inferior, será que algum diretor se negará a fazê-lo, com a foice pairando sobre sua cabeça? Eles vão evitar o desligamento arbitrário?

 

De qualquer forma, gostaria que a direção do BB respondesse o que é e em que se baseia o “ato de gestão”, se não na vontade individual de uma pessoa?

 

Avalie as informações disponíveis e outras que vou lhe repassar, forme suas próprias convicções sobre esses assuntos, não caia nos truques da direção. “Eles passarão, nós passarinhos”.

Eduardo Araújo de Souza
Diretor do Sindicato dos Bancários de Brasília


Desabafo de um descomissionado contra a desfaçatez no banco

“Leogevildo Martins”, companheiro de fora do DF - cujo nome real evitamos e seus outros dados pessoais omitimos para impedir novas represálias -, nos encaminhou uma mensagem eletrônica relatando a violência cometida contra ele, que foi vítima do famigerado descomissionamento por ato de gestão. Sua intenção foi mostrar e comprovar como é usado esse ato arbitrário por gestores despreparados no BB, reforçando o teor da carta aberta que o diretor do Sindicato dos Bancários de Brasília, Eduardo Araújo, distribuiu no último dia 29 de agosto denunciando que o “BB faz truque com comissionamentos”.

Na nota pública, Eduardo Araújo contestou afirmações divulgadas pelo Boletim de Pessoal, onde o diretor de Relações com Funcionários e Entidades Patrocinadas do BB, Carlos Eduardo Leal Neri, admite que houve “apenas” 138 descomissionamentos por ato de gestão no período de um ano (o que corresponde a um bancário atingido a cada dois dias úteis).

A mensagem de Leogevildo demonstra exatamente o que argumentou o dirigente sindical Eduardo Araújo: a possibilidade de retirada da comissão por ato de gestão, instrumento através do qual o administrador não dá explicações reais e justas para o descomissionamento, é usado como uma ameaça permanente aos 68.975 comissionados, que ficam reféns da política dos gestores.


Leia trechos da mensagem de “Leogevildo Martins”:


“Caros dirigentes, caríssimo diretor e amigo Eduardo Araújo,


Não suporto a desfaçatez do diretor Leal Neri. Veja só por quê. O meu descomissionamento foi mais ou menos assim: Numa manhã nublada, eis que surge do nada um novo gerente em nossa agência. Inexperiente, primeiro, teimava em esquivar-se de administrar a agência. Depois, foi pegando o jeito e, em conluio com o superintendente, passou a berrar ao final do dia "produção, produção". Tinha pressa em aparecer. Tinha que produzir algo. Vivia entre a possibilidade do sucesso e o medo do ostracismo e anonimato. Tomou gosto pelas ações maquiavélicas. Exercitava a prática de uns contra os outros, todos contra um, até que se concentrou em encontrar uma forma de afastar-me de sua nova possessão. Famélico por aplacar sua mediocridade, achou um inocente útil, encontrou um motivo e fabricou nele o seu intento. Chancelado pelo regional, com loas da Super estadual, (afinal no caos precisam-se de culpados), e conivência e abstração de órgãos que em tese nos deveriam apoiar - como Gepes e a famigerada e surda Ouvidoria Interna.


Fui descomissionado sob a alegação de conduta incompatível com o cargo. Sou bancário há mais de 20 anos e exerci, por mais de uma década e meia, cargos em comissão, por mérito e promoções antecipadas, em mais de dez unidades. Comissões que conquistei e fiz por merecer a cada dia. Foi isso que recebi do banco, que prega que nós somos o seu maior patrimônio e que formamos uma família. Hoje sinto vergonha de pertencer ao Banco e ao ver um outro bancário afirmar que eu sou uma mentira e que jamais existi.  Afirmo, e vocês talvez conheçam casos semelhantes, que a minha situação nos últimos anos é algo que beira o absurdo e a insanidade, pois é fruto de sutilezas cometidas e toleradas no banco para justificar os tais  "Descomissionamentos por Ato de Gestão".


Tenho farta documentação. Protocolei pedidos e enviei dúzias de e-mails junto a Ouvidoria Interna, Gepes, Dires, Direp. Tudo sem resposta ou com evasivas e escusas magistrais que levam a crer que o único erro foi meu de acreditar que uma medida justa algum dia me encontraria.


De novo a velha pasmaceira ressuscitou com o último Boletim de Pessoal, justamente no Dia do Bancário.  O banco persiste em sua intransigência e indica o mais cândido e dissimulado negociador dos últimos tempos. O senhor diretor Leal Neri é um fraco - mostrou isso no ano passado - e é mal assessorado - (o banco dedica os seus "piores quadros" para gerir conflitos e pessoas).  Digo isto, pensando e destacando a unidade de Ouvidoria Interna do BB. Outro engodo foi acreditar na rede Gepes e seus bons moços, bem intencionados. Todos sobrecarregados ou preocupados em manter seus próprios pescoços sobre os ombros já curvados.


O BB para quem vê de fora ou de cima é uma candura só. Tudo para se comemorar! "Banco mais forte"; BOMPRATODOS; Gianequildo. Justo, justíssimo ... UMA OVA! A empresa vem gestando uma mudança de cultura e preparando o banco como um banco mundial. Esqueceu-se de avisar algumas vedetes e de aparar as garras de alguns velhos algozes. Coiotes em pele de cordeiros amestrados, munidos de celulares e sem compromisso nenhum, seja com a verdade, seja com a vergonha na cara.


Continuam humilhando, ignorando, afastando e repelindo consciências e preparando um exército de egoístas, egocêntricos, inocentes úteis ... "mais novos, mais fortes, mais bonitos". Do outro lado ficam os mais pobres, mais doentes, mais nanicos.


Rebaixam salários, achatam oponentes, afastam dissidentes, dissonantes, ou os mantêm como dementes. Não há criticas; só há o não às críticas, reforçadas por estatísticas falaciosas e mal explicadas.


Descomissionamentos e Assédio Moral deveriam sofrer uma auditoria séria e profunda pelos sindicatos e junto à Justiça do Trabalho.  Recebi inclusive carta do sindicato da minha regiçao dando conta da inoperância e vaga atividade dos tais Comitês de Ética - que simplesmente suspeito de que nunca existiram.


Algo tem de ser feito e negociado junto à administração do BB no sentido de se restabelecer a dignidade humana e a possibilidade de reencarreiramento de quem foi tungado do seu posto de trabalho e de sua comissão.


(Isto enseja no mínimo uma forte razão econômica, pois o banco investiu caro em um funcionário durante um bom tempo para depois simplesmente afastá-lo para aplacar o ego de algum administrador que se sentiu ameaçado por um ser pensante ou um colaborador que, em um dado momento crítico, supostamente foi menos produtivo).


Cordiais saudações,
Leogevildo Martins”

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