Banco do Brasil

6 de Fevereiro de 2013 às 19:29

Eduardo Araújo: À força não se conquista credibilidade

Compartilhe

Carta aberta ao arauto da confraria autoritária no BB

 

 

Ao sr.

Carlos Eduardo Leal Neri
Diretor de Relações com Funcionários e Entidades Patrocinadas


Gostaria de propor a vossa senhoria um diálogo honesto com os milhares de funcionárias e funcionários do BB. O auto engano é permitido a qualquer executivo, mas querer tripudiar e ignorar a inteligência dos funcionários é subestimar a capacidade de cada uma e cada um de nós.

Tomo a liberdade de refletir sobre os proclamas publicados por vossa senhoria, que se tornou um arauto da confraria autoritária que dirige um banco público, mas que o trata como se privado fosse.


Recortei algumas frases que beiram ao delírio, consequência de uma febre de poder efêmera e brutal, a saber:

  • decidir, com tranquilidade e seguranca, seu futuro na Empresa;
  • disposição das pessoas a ouvir e compreender a proposta de trabalho que o Banco passava a lhes oferecer;
  • voluntariamente, 99% das pessoas do público-alvo de FC (assessoramento)** optaram por corresponder à confiança que o Banco nelas depositou;
  • 6 mil Termos de Posse assinados que, na prática, referendaram o Plano de Funções;
  • a maioria dos funcionários exerceu sua escolha, numa demonstração de maturidade e independência;
  • confirmação da confiança mútua, um patamar mais elevado se estabeleceu nas relações entre funcionários e Empresa;
  • Funções de Confiança têm a base sólida da credibilidade.

 

Vários foram os boletins que, na minha opinião, deveriam ser assinados, no mínimo, pelo mais importante gestor de pessoas do banco e/ou pela diretoria responsável. Mas estes se escondem atrás de vossa senhoria que deveria assumir o seu papel de negociar com as entidades de funcionários (sindicatos).


Este folhetim, contudo, passou de todos os limites. O papel de orientar os trabalhadores é dos próprios trabalhadores e não do patrão, que o expropria diariamente.


Ignorar as leis e as decisões da justiça não são novidade no BB, vide o passivo trabalhista acumulado. Então não cabe falar em confiança entre as partes, cabe sim falar em desconfiança e temor.


As pessoas estão ouvindo dos seus gestores, numa clara prática de assédio, para que elas os sigam cegamente, sem contestação; caso contrário a carreira estará comprometida.


Iludir-se com os números de uma adesão obrigatória é compor a “Farsa do Mestre Pierre Pathelim”, com um embuste de plano de funções para continuar burlando os direitos de milhares de trabalhadores, contra o que vamos lutar dia e noite para descortinar.

 

À força não se conquista credibilidade!

 

"A glória rapidamente conquistada, rapidamente também se perde."
(Arthur Schopenhauer)

 

Eduardo Araújo
Diretor do Sindicato dos Bancários de Brasília

 

Acessar o site da CONTRAF
Acessar o site da FETECCN
Acessar o site da CUT

Política de Privacidade

Copyright © 2025 Bancários-DF. Todos os direitos reservados

BancáriosDF

Respondemos no horário comercial.

Olá! 👋 Como os BancáriosDF pode ajudar hoje?
Iniciar conversa