Carta aberta ao arauto da confraria autoritária no BB
Ao sr.
Carlos Eduardo Leal Neri
 Diretor de Relações com Funcionários e Entidades Patrocinadas
 Gostaria de propor a vossa senhoria um diálogo honesto com os milhares de funcionárias e funcionários do BB. O auto engano é permitido a qualquer executivo, mas querer tripudiar e ignorar a inteligência dos funcionários é subestimar a capacidade de cada uma e cada um de nós.
Tomo a liberdade de refletir sobre os proclamas publicados por vossa senhoria, que se tornou um arauto da confraria autoritária que dirige um banco público, mas que o trata como se privado fosse.
Recortei algumas frases que beiram ao delírio, consequência de uma febre de poder efêmera e brutal, a saber:
Vários foram os boletins que, na minha opinião, deveriam ser assinados, no mínimo, pelo mais importante gestor de pessoas do banco e/ou pela diretoria responsável. Mas estes se escondem atrás de vossa senhoria que deveria assumir o seu papel de negociar com as entidades de funcionários (sindicatos).
Este folhetim, contudo, passou de todos os limites. O papel de orientar os trabalhadores é dos próprios trabalhadores e não do patrão, que o expropria diariamente.
Ignorar as leis e as decisões da justiça não são novidade no BB, vide o passivo trabalhista acumulado. Então não cabe falar em confiança entre as partes, cabe sim falar em desconfiança e temor.
As pessoas estão ouvindo dos seus gestores, numa clara prática de assédio, para que elas os sigam cegamente, sem contestação; caso contrário a carreira estará comprometida.
Iludir-se com os números de uma adesão obrigatória é compor a “Farsa do Mestre Pierre Pathelim”, com um embuste de plano de funções para continuar burlando os direitos de milhares de trabalhadores, contra o que vamos lutar dia e noite para descortinar.
À força não se conquista credibilidade!
"A glória rapidamente conquistada, rapidamente também se perde." 
 (Arthur Schopenhauer)
Eduardo Araújo
Diretor do Sindicato dos Bancários de Brasília
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