Em repúdio à cultura machista e do estupro que viola o espaço e a intimidade da mulher, as trabalhadoras bancárias do Banco do Brasil se manifestaram contra o assédio sexual neste domingo (19), último dia do 27º Congresso Nacional dos Funcionários do BB, realizado em São Paulo. Com uma moção, apresentada pela diretora do Sindicato Teresa Cristina e aprovada por unanimidade pela plenária final, elas reforçaram a necessidade de garantir que as mulheres sejam efetivamente respeitadas e incluídas em todos os espaços da sociedade.
Para as bancárias, que representaram as trabalhadoras do BB no Congresso, o movimento sindical tem papel fundamental nesse processo, já que deve atuar dando prioridade ao combate à violência e à desqualificação da mulher, vítimas históricas da estrutura social patriarcal e capitalista.
Paridade
A plenária também aprovou que, a partir do próximo Congresso, em 2017, a composição da delegação leve em consideração a paridade entre homens e mulheres, de modo a garantir a igualdade nas relações de gênero. "A busca pela paridade e as pautas femininas uniram mulheres de diversas correntes políticas e de diversas centrais sindicais", destacou a diretora do Sindicato Teresa Cristina.
Confira abaixo a íntegra da moção:
Moção de repúdio contra o assédio sexual
Nós, mulheres funcionárias do Banco do Brasil, organizadas neste 27º Congresso, repudiamos a cultura machista e o assédio sexual em todos os espaços, inclusive no movimento sindical. Um dos compromissos da representação sindical é o de transformação da sociedade, rompendo paradigmas do machismo, garantindo espaço, respeito e inclusão efetiva das mulheres trabalhadoras. Por isso, este movimento deve ter como prioridade combater todas as atitudes machistas, a violência e a desqualificação contra a mulher, já tão atacada pela estrutura social predatória do capitalismo. É inadmissível que, num espaço que deveria ser nosso, sejamos frequentemente assediadas pelos companheiros.
Não toleramos manifestações ofensivas e violentas, como “piadinhas”, chacotas, desqualificações e intimidades não concedidas. Estamos unidas, independentemente de correntes políticas, para lutar contra o machismo, utilizando todos os meios possíveis, inclusive os legais, para punir os responsáveis. A mudança desta cultura machista é tarefa das mulheres e homens trabalhadoras(es) e chamamos a todas e todos a assumirem conosco esta tarefa.
Joanna Alves
Colaboração para o Seeb Brasília
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