O Sindicato continua recebendo inúmeras denúncias de colegas sobre a persistência de práticas abusivas que atentam contra a carreira e a saúde dos trabalhadores, em especial na Ditec/UOS/Gesec e Gesat. A entidade já realizou reunião com representantes da Ditec para tratar do assunto e exigir providências concretas. No entanto, a situação permanece grave: temos conhecimento de colegas que ingressaram com ações judiciais, passaram a fazer uso de medicamentos controlados, adoeceram física e emocionalmente ou até mesmo precisaram se afastar do trabalho em razão de perseguições e assédio.
O caso mais emblemático ocorreu em 2019, no processo nº 0000109-80.2019.5.10.0022, que tratou do assédio moral sofrido por um gerente de equipe. Embora tenha sido iniciada por um gestor aposentado em 2016, a prática continuou, culminando no afastamento do trabalhador por acidente de trabalho em 2018, situação que era de pleno conhecimento da Ditec. A ação transitou em julgado em 2022, condenando o Banco do Brasil (Ditec/UOS/Gserv) por assédio moral. Apesar da condenação, até hoje nenhum dos envolvidos foi responsabilizado. Aqueles que não se aposentaram permanecem nos mesmos cargos, atuando, inclusive, na Ouvidoria do banco.
No processo, o gerente relatou diversas situações de assédio moral, como perseguições diretas e veladas, isolamento de colegas, ausência de tarefas e funções específicas, além de remanejamentos arbitrários de setor. Testemunhas confirmaram judicialmente essas práticas, e laudos médicos comprovaram os impactos na saúde do empregado.
Sem punição, gestores ascendem enquanto assediados sofrem
Assim como nesse caso, outros trabalhadores que questionam regras impostas ou contestam favorecimentos dentro da Ditec são alvo de perseguições, sendo “congelados”, ameaçados de punição ou, de fato, punidos. O Sindicato entende que, enquanto os responsáveis não forem devidamente responsabilizados, o banco continuará arcando com condenações judiciais, enquanto gestores envolvidos seguem ascendendo a cargos de destaque. A impunidade alimenta o ciclo do assédio, comprometendo gravemente a saúde física e mental dos trabalhadores e de suas famílias.
O Sindicato reafirma: é urgente a responsabilização dos agressores e a reparação, sempre que possível, às vítimas dessas práticas.
Denunciar é um ato de combate ao sofrimento e adoecimento
O Sindicato incentiva todos os colegas a denunciarem qualquer forma de assédio moral ou sexual. Denunciar é um ato de coragem e de responsabilidade: o silêncio só fortalece o agressor. Ao denunciar, você protege a si mesmo, apoia quem sofre e ajuda a consolidar uma cultura de respeito e integridade no ambiente de trabalho.
Se você testemunhar ou vivenciar uma situação de assédio, utilize os canais disponíveis do Sindicato para registrar a denúncia. Estamos comprometidos em construir ambientes de trabalho justos, saudáveis e acolhedores, e tomaremos todas as medidas necessárias, inclusive na esfera judicial, para pôr fim a essas práticas.
As denúncias estão sendo tratadas e organizadas para apresentação ao BB, a fim de que sejam tomadas as devidas providências internas.
Da Redação
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