Os dirigentes eleitos da Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, entregaram na última sexta-feira 30 de janeiro ao presidente do Conselho Deliberativo da entidade, José Maria Rabelo, durante reunião mensal, documento no qual se posicionam contra qualquer devolução de valores da Previ ao BB.
O documento, assinado por Conselheiros Deliberativos eleitos e suplentes, faz parte do conjunto de ações de diversas entidades representativas dos trabalhadores, entre as quais o Sindicato dos Bancários de Brasília, para barrar os efeitos da medida do Conselho Gestor de Previdência Complementar (CGPC) que permite a retirada de dinheiro do fundo de pensão com o objetivo de, entre outras coisas, engordar o lucro do patrocinador.
Em fato relevante divulgado em 23 de janeiro, o banco anunciou que utilizará R$ 5,33 bilhões do superávit da Previ para gerar lucro de R$ 2,52 bilhões, cobrir parte do déficit atuarial do plano de assistência à saúde da Cassi (R$ 1,26 bilhão) e aumentar em R$ 1,7 bilhão sua provisão para devedores duvidosos. O BB alega estar revendo os cálculos de seus ativos e passivos atuariais à luz das resoluções CVM 371/01 e CGPC 26/08.
Os representantes dos trabalhadores afirmam no documento que a notícia causou espanto em toda a comunidade de funcionários do Banco do Brasil e dos dirigentes eleitos da Previ, uma vez que qualquer decisão sobre superávit depende de pronunciamento dos órgãos de governança da Previ e questionam a legalidade da devolução, citando liminar concedida em ação movida pelo Sindicato que põe em xeque justamente essa condição.
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