

Nesta quarta-feira (18), nós, brasileiros e brasileiras, acompanhamos estarrecidos a revelação de denúncias feitas pela Procuradoria Geral da República que colocaram Michel Temer no centro do novo processo de apuração de corrupção protocolado no STF, que investiga o seu aval para a compra do silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Diante desse cenário, a diretoria do Sindicato engrossa as fileiras dos movimentos sociais e sindicais que foram às ruas na noite de ontem para exigir a renúncia do presidente ilegítimo e se posiciona favoravelmente à aprovação já da proposta de Emenda Constitucional que propõe a realização eleições diretas no Brasil, com a eventual renúncia ou o impedimento de Temer.
A denúncia contra o presidente foi feita na operação “Cala a boca”, com a delação de Joesley Batista, um dos donos do grupo JBS, que também gravou o senador Aécio Neves (PSDB-MG), presidente nacional de seu partido, pedindo R$ 2.000.000 (dois milhões de reais) ao empresário para pagar sua defesa na Operação Lava Jato.
O ministro Edson Fachin autorizou o cumprimento de 41 mandados de busca e apreensão e oito de prisão preventiva em endereços residenciais e comerciais de pessoas físicas e jurídicas, em cinco estados (Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Maranhão e Paraná) e no Distrito Federal. Os mandados foram cumpridos pela Polícia Federal e Ministério Público Federal.
Com isso, Supremo Tribunal Federal afastou do cargo o senador Aécio Neves, além do deputado Rodrigo Loures (PMDB-PR), que foi filmado recebendo R$ 500.000 como propina de representantes do grupo.
Também são alvos de mandados de prisão preventiva o advogado brasiliense Willer Tomaz e o procurador da República Ângelo Goulart Villela. Segundo as revelações, Willer e Villela atuavam para impedir que o empresário da JBS fechasse um acordo de delação premiada. Além disso, a irmã de Aécio, Andrea, suspeita de ajudá-lo no esquema criminoso, foi presa.
Diante desse cenário, a diretoria do Sindicato considera que o governo Temer se torna ainda mais comprometido e que é impossível ele seguir bancando as votações das reformas trabalhista e previdenciária, que o Planalto tenta impor à população brasileira.
Mais que nunca é preciso que a população se mobilize e vá às ruas, não só para depor o atual presidente, acusado de crime contra a Nação, como também lutar contra a retirada de direitos.
É imperioso que todos nós, bancárias e bancários, nos posicionemos a favor do fortalecimento das instituições e das forças populares, visando as eleições Diretas Já, para que o povo de fato possa escolher, sem nenhum comprometimento, de forma democrática, um governo que tenha compromisso com o país.
Nenhum direito a menos!
Diretoria do Sindicato dos Bancários de Brasília
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