A diretoria colegiada do BRB demonstrou nesta terça-feira (20) que está afinada com o governo Arruda na postura de descaso em relação aos funcionários da instituição. As discussões sobre o projeto de alterações nos programas PCS, PPR e PLR foram novamente proteladas. O assunto foi retirado da pauta da reunião ordinária desta terça.
É a terceira vez seguida que a diretoria colegiada deixa a discussão do projeto de lado, como uma questão menor. A proposta foi formulada por consenso em comissão composta de forma paritária por membros indicados pelo banco e pelo Sindicato. O texto final foi entregue à direção do BRB há mais de um mês, tempo mais que suficiente para que fosse devidamente apreciado. Não dá para engolir os subterfúgios utilizados pela diretoria colegiada para justificar o fato de ainda não tê-lo analisado.
“Está claro que os executivos do banco não estão dando a devida importância aos referidos programas porque não têm sensibilidade no trato daquilo que interessa aos trabalhadores”, ressalta Antônio Estáquio, diretor do Sindicato e funcionário do BRB.
É importante lembrar que Ricardo Vieira, assim que tomou posse no cargo de presidente do banco, suspendeu a alteração no PCS que deveria ter entrado em vigor em julho de 2008, alegando não ter tido tempo hábil para conhecer aquela proposta. Mas, na ocasião, Vieira assumiu compromisso com a implementação de alterações no PCS agora em janeiro.
Um dos pressupostos colocados pela diretoria referia-se ao não incremento do montante previsto no orçamento para gastos com pessoal, considerando o valor destinado para pagamento da folha normal e do PPR. A proposta cuja apreciação vem sendo protelada consiste exatamente em agregar à folha normal ( no VR) 75% dos valores da tabela do PPR, tornando factível o pressuposto de não aumento do montante previsto no orçamento.
O que falta é a diretoria do BRB fazer a sua parte. O presidente do banco empenhou sua palavra e está em dívida com o funcionalismo. A sua promessa foi de que o novo PCS seria implantado em janeiro de 2009.
A angústia e a inquietação dos funcionários são grandes, porque observam há mais de um ano o GDF empurrar com a barriga a definição sobre o futuro do banco e agora já não sabem se podem levar a sério o que diz o presidente do BRB, que está aprendendo direitinho com o seu chefe Arruda a tática da enrolação.
O Sindicato está atento aos movimentos do governo Arruda em relação ao banco e não dará trégua à diretoria comandada por Ricardo Vieira enquanto os compromissos assumidos com os trabalhadores não forem integralmente cumpridos.
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