Em mais uma demonstração de desprezo aos funcionários do BRB, na última semana a diretoria, quebrando o acordado em mesa de negociação, puniu com advertência gerentes de Negócio e gerentes de Expediente da agência DPE (sede da Polícia Civil do DF) que aderiram à greve passada. Na última negociação da campanha salarial, ocorrida em 30 de outubro, a qual pôs fim à greve, a diretora de Pessoal, Cristiane Bukowitz, afirmou de forma peremptória que não haveria nenhuma forma de retaliação ou punição aos grevistas. A declaração consta de ata da negociação.

Os gerentes de Expediente e de Negócio da agência decidiram aderir à paralisação exatamente no dia 30 do mês de outubro, e, segundo a Superintendência responsável pela área, a advertência decorreu do fato deles não terem comunicado à gerente geral da unidade a decisão de adesão. A tese do banco é, por si só, um primor do absurdo: o trabalhador que adere a uma decisão coletiva da categoria tem de comunicar ao seu superior que estaria entrando em greve.

“Isto só pode ser provocação da atual diretoria, ou sinal de incompetência e burrice, de quem não conhece o mínimo sobre greve, e, mesmo tendo um séquito de advogados para assessorar, certamente não os ouve, pois os advogados com certeza instruiriam a diretoria do banco. Pelo fato de não consultar esses profissionais, a diretoria do BRB comete uma besteira desta natureza, advertir trabalhadores por não terem avisado ao chefe que estariam de greve. O Sindicato exige a retirada imediata das advertências, pois isto significa um rompimento de acordo e uma postura que nem bancos privados foram capazes de adotar até hoje”, dispara o diretor do Sindicato Cristiano Severo.

O Sindicato tomará as medidas cabíveis para fazer a diretoria reparar esta aberração.

Da Redação