
Da esquerda para a direita: o diretor superintendente do BRB Saúde, Vanderley Batista Barbosa, o diretor do Sindicato Antonio Eustáquio, ambos integrantes do GT, diretores do BRB e outros membros do GT
Em reunião realizada na quinta-feira (22), a diretoria colegiada do BRB aprovou o relatório final do Grupo de Trabalho (GT) criado para rediscutir e propor um novo modelo de custeio do plano de saúde do BRB. Conforme o Sindicato já comunicara, o plano de saúde apresenta em seu custeio um déficit estrutural, fruto de aumentos das despesas muito superiores ao das contribuições, que são baseadas na evolução salarial dos participantes. Somente para ilustrar, nos últimos quatro anos, o salário dos funcionários avançou aproximadamente 30%, enquanto que as despesas do plano de saúde tiveram uma elevação em torno de 60%.
Outra ocorrência que contribuiu para este déficit ocorreu com a reestruturação da composição societária da Cartão BRB e da Corretora de Seguros BRB, ocorrida em junho de 2009, momento em que o BRB Clube, sócio destas empresas, perdeu receitas significativas, e deixou de contribuir com montante que pagava durante os últimos sete anos.
Diante desta situação, desde 2009 foram criados GT’s para apresentar soluções para o problema. A última formatação do grupo – constituído por portaria assinada pelo presidente do BRB, Edmilson Gama, com quatro representantes, sendo um indicado pelo BRB Clube, um pelo Sindicato, um pela Associação dos Funcionários Aposentados do BRB (AFABRB) e o presidente da BRB Saúde – enfim apresentou uma proposta, fruto de muita discussão com a diretoria do banco e assessorado por atuário especializado em saúde. Esta foi a proposta aprovada na Dicol no último dia 22.
O mais importante a se destacar na proposta consiste no esforço em convencer o banco e fazê-lo compreender a importância deste benefício, e desta maneira aportar mais recursos ao plano. Desta forma, a maior alteração consiste no aumento significativo da contribuição do banco para o BRB Saúde, cujo montante, com a proposta aprovada, quase que dobra em comparação ao valor de hoje.
“O banco demonstrou sensibilidade ao perceber que a saúde consiste no mais importante benefício para os funcionários. Isto permitiu a construção de um modelo de financiamento em que praticamente nada muda para os participantes do plano, e o banco aporta um volume considerável de recursos para mantê-lo equilibrado e dar conforto e tranquilidade aos participantes”, afirma Antonio Eustáquio, diretor do Sindicato e integrante do GT.
Além do aumento de volume de recursos a serem aportados pelo banco (a partir das alterações, além dos 4 % sobre a folha cheia – antes não se utilizava esse modelo – , o banco passa a fazer uma contribuição adicional de 1,5% para custeio administrativo), algumas alterações foram feitas buscando uma maior equidade entre todos os participantes, eliminando algumas distorções existentes há muito tempo.
O que muda
Dentre estas alterações cabe destacar: elevação do teto de contribuição dos atuais R$ 8.400,00 para o valor da remuneração de gerente geral 1; estabelecimento de contribuição mínima de R$ 50,00 para os ativos e R$ 35,00 para os dependentes; utilização da remuneração integral dos aposentados para o cálculo da contribuição (atualmente só se usa o valor do benefício pago pela Regius, desconsiderando o valor pago pelo INSS); elevação do aporte pelas demais patrocinadoras do plano como Cartão e Seguros. A íntegra das alterações será informada em breve.
No novo modelo permanece o pagamento de percentual de 2% sobre a remuneração pelos associados e 0,6% por dependente. Além destas alterações, a cobertura de assistência odontológica passa a ser de 70%, tornando esta modalidade igual ao que já se pratica para as demais áreas da saúde.
“Foi um processo maduro de muita discussão que permitiu este modelo. Seguramente com ele o plano elimina o déficit estrutural. Os funcionários do BRB estão de parabéns por esta conquista”, finaliza Antonio Eustáquio, que também é funcionário do BRB.
Da Redação
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