Banco do Brasil

15 de Maio de 2007 às 08:30

Desembrulhando o pacote

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Extinção de 4.284 caixas

O Sindicato já havia denunciado, em matéria publicada no dia 14 de março, a falta de respeito e o descaso com que a direção do Banco do Brasil trata seus funcionários que exercem a função de caixa executivo. Se as condições de trabalho eram ruins, agora vão ficar muito piores. Com a rodada das dotações ocorridas ontem, foram extintos 4.284 postos de caixas executivos e 602 postos de trabalho nas agências em todo o país. “Isto é mais uma demonstração do intuito do BB em terceirizar serviços bancários burlando a CLT e a Convenção Coletiva da Categoria”, diz Rodrigo Britto, diretor do Sindicato.

Falta de respeito com funcionários e clientes

Após suportarem pressões diárias por conta das metas abusivas, o fato de – sem condições adequadas, terem de cumprir a Lei das Filas e de sofrerem alterações na rotina de trabalho sem serem consultados –, os 4.284 companheiros com a gratificação de caixas executivos, muitos com mais de 20 anos de Banco do Brasil, são tratados como simples números em gráficos e observaram sua gratificação ser extinta ontem. Uma empresa que aumentou de forma substancial seu número de correntistas, é líder no sistema financeiro nacional, supera seu lucro ano após ano e prega o discurso da responsabilidade sócio ambiental, precisa consultar o dicionário para conhecer o significado da palavra respeito, pois não está tendo o mínimo com estes colegas.

PAA sacramenta discriminação

Até na “demissão incentivada” é gritante a discriminação do Banco do Brasil. Para alguns poucos executivos da Direção Geral, os incentivos podem superar a cifra de R$ 1 milhão. Para a grande maioria do funcionalismo, o banco oferece três míseros salários de incentivo. Pelos corredores do BB é comum ouvir que o ex-presidente Rossano Maranhão recebeu um incentivo de R$ 1,4 milhão para deixar o banco e ir trabalhar no Banco Safra.

Fim das substituições leva a desvio de função

A proibição de substituição de comissionados imposta pelo banco, além do prejuízo financeiro, vai aumentar a sobrecarga de trabalho. O conceito que o BB trabalha é o da multifuncionalidade, ou seja, quem pode mais pode menos. Isso acarreta um verdadeiro desvio de função, em que os funcionários exercem várias atividades sem a devida remuneração.

Desvio de função

Várias agências do BB vão ficar com apenas 1 caixa para atender seus clientes. Isto acaba gerando uma sobrecarga trabalho e um estresse sem parâmetro, uma vez que este funcionário não terá nem mais o direito de se ausentar de seu posto de serviço, ficar doente, afinal, quem irá substituí-lo? O escriturário não poderá. Será então o Asneg para caracterizar o desvio de função? E quem assumirá o risco da atividade financeira já que não são dadas condições mínimas de trabalho?  E a tal da lateralidade, quem vai validar as operações? Abre o olho BB, pois o passivo trabalhista vai aumentar.

Condições de trabalho

A proporção clientes x bancários aumentou em média nos últimos anos de 150 para 250 clientes por bancário. Com isto o número de vítimas de acidentes e doenças do trabalho em nossa categoria tem tido grande aumento. Com esta redução na dotação, o banco aumenta a possibilidade de mais funcionários ficarem incapacitados temporariamente ou de forma permanente para o trabalho, devido a problemas de LER/DORT ou depressão. É necessário que o BB reveja seu posicionamento sobre a redução do quadro de caixas em seu corpo funcional e respeite a Norma Reguladora nº 17, que garante o intervalo de 10 minutos para cada 50 trabalhados. Realmente, a saúde dos trabalhadores não é preocupação da atual direção do BB.

Inquéritos administrativos

Todo dia nas agências, diversos funcionários improvisam e descumprem normas do LIC em prol do melhor atendimento para os clientes e dos interesses do BB. Esses colegas realizam tais práticas devido a dotações insuficientes e falta de condições adequadas de trabalho. É comum ver a prática de fraude no ponto eletrônico, compartilhamento de senhas e desvio de função, entre outras práticas ilícitas. O Sindicato alerta a todos os funcionários para cumprirem estritamente sua jornada e suas atribuições, pois é comum ver colegas dedicarem suas vidas a esta instituição financeira e serem demitidos ou penalizados por práticas que não caracterizam má-fé, mas sim, ao contrário, buscaram alternativas acreditando estar contribuindo para o sucesso do Banco do Brasil e sofrem sanções sem a menor piedade. Todo bancário que receber qualquer interpelação deve procurar o departamento jurídico do Sindicato e ter a presença de um diretor em seu atendimento. Não marque bobeira, é seu emprego que está em jogo. 

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